Assembleia dos professores decide mobilizações em defesa da UECE

No dia 2 de setembro, a professora Euda Maciel, presidente da
SINDUECE, comandou uma importante reunião .O motivo central da
assembleia foi o fato de o Governador Cid Gomes não cumprir com a
palavra, quando havia entrado em acordo com as lideranças sindicais
do SINDUECE, SINDURCA e SINDUVA, por ocasião das greves realizada no
final de 2013.
Eudes Baima, vice-presidente da SINDUECE, iniciou a reunião
informando sobre um encontro, já acontecido, entre os servidores e o
Governo do Ceará. Nele, o governador Cid gomes havia solicitado às
universidades que fizessem um cálculos das cargas horárias dos docentes,
para que se pudesse discutir a disponibilização de vagas para concurso.
No entanto, essa palavra, para os servidores, não atendeu às
expectativas, pois ficou evidente para eles que o g overnador queria
apenas um adiamento nas tomadas de decisões em relação aos problemas
levantados pelos sindicatos.
Segundo Eudes Baima, em Itapipoca, nessa mesma época do primeiro
encontro, houve acordos significativos, o que colaborou para que os
servidores acreditassem na ampliação do campus universitário e em
diversas atualizações cabíveis.
Assim, nesse primeiro momento de negociações, só houve divergência
quanto ao montante de dinheiro necessário para a realização das obras na
universidade . Entretanto, finalizada a greve, nada aconteceu de
concreto na sede da UECE em Itapipoca , segundo informações repassadas
pelos professores daquela unidade.
Depois de tantas decepções e quebras de expectativas, os servidores
voltaram a fazer contato, dessa vez com deputados, a fim de resolverem
os entraves. Mais uma vez não atingiram o objetivo.
Logo, reúnem-se nessa assembleia para, principalmente, voltarem ao questionamento: as universidades devem retomar as greves?
Nesse momento, o Vice-Reitor e professor Hildebrando informa que
as obras da universidade em Tauá não estão paradas e que,
provavelmente, serão entregues em novembro. Disse também que a obra do
restaurante universitário em Limoeiro do Norte e outras estão em pleno
exercício de reconstrução e ampliação, e que é necessário levar em
consideração que um projeto do Governo, geralmente, é demorado por causa
dos processos de licitação.
O reitor da UECE, professor Jackson Sampaio, manifestou-se citando
algumas das benfeitorias disponibilizadas às universidades pelo Governo
do Estado, benfeitorias estas que se referem diretamente ao salário
dos servidores, às vagas para concurso e à regulamentação do PCCV
docente.
Jackson Sampaio ainda expôs a opinião do Governador em pressionar as
universidades a detalharem as necessidades em relação à carga horária e
às exigências para determinados cargos. Para o reitor, o Governo deve
implantar uma gratificação no salário de determinados cargos, como os de
Coordenador e Vice.
Eudes Baima retoma, então, a palavra, reafirmando que não há
respostas efetivas do Governos nem propostas que sejam aceitas pelos
servidores. Assim, sem a tão esperada retificação do governador, o
SINDUECE não reconhece outra opção a não ser a de retomar a greve,
antes, porém, levando à discussão nas bases em reuniões em cada uma das
unidades da UECE para que todos avaliem e se posicionem sobre as
propostas, intervenções e sugestões elaboras na assembleia.
O professor Moacir, coordenador do curso de Medicina, questionou
sobre o fato do concurso para professor efetivo não estar acontecendo,
visto que o Ministério Público tem vetado a oportunidade aos servidores
substitutos, prejudicando o andamento das aulas nas instituições
estaduais.
Sara, representante do DCE, complementou o mesmo questionamento,
citando a importância de um possível concurso para admitir professores
efetivos.
O professo Fred Moura retoma então o tema central da Assembleia,
reafirmando que o Governador Cid Gomes não cumpriu com a palavra e que,
por isso, não deveriam ter finalizado a greve.
Professor Epitácio Macário concorda que as mobilizações devem
continuar, para pressionar o Governo, demonstrando a força dos
servidores estaduais, estudantes e sindicatos.
Segundo o professor Macário, Vice-Presidente do Sindicato Nacional
ANDES, o Ministério Público estava pressionando as universidades e
seus servidores, quando deveria direcionar seu posicionamento à SEPLAG e
ao Governo do Estado.
Raquel Dias, candidata ao Senado e professora do curso de Pedagogia
na UECE, e Ailton Lopes, candidato ao Governo e ex-aluno da UECE no
curso de medicina universitária, apoiam o SINDUECE na luta pelos
direitos dos servidores, professores e estudantes das universidades
estaduais do Ceará. Informa que irão colocar a defesa e valorização das
universidades estaduais como tema nas campanhas eleitorais pela TV e
rádios.
Andreisson, professor substituto da UECE, retoma o mesmo assunto
sobre a falta de concurso para professor efetivo, atacando o Governo
veementemente, inclusive relembrando o episódio em que professores foram
fisicamente agredidos em uma manifestação.
Estiveram presentes também Célio Coutinho, professor Alex da FAFIDAM e
a professora Neuma, todos em favor da retomada da greve, já que o
Governador Cid Gomes não cumpriu coma palavra nem se retratou. Dessa
forma, fica estabelecido que serão programadas reuniões em todas as
unidades para os professores de toda a UECE participarem e avaliarem as
posições a serem adotadas e que no dia 16 de setembro, às 9 horas, no
Campi Itaperi haverá uma nova Assembleia do SINDUECE..
Por: Cristina Torres – TEIA DIGITAL
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