quarta-feira, 3 de setembro de 2014



Assembleia dos professores decide mobilizações em defesa da UECE


Professores das várias unidades da UECE se reúnem em assembleia para decidir ​mobilizações em defesa do cumprimento dos acordos estabelecidos​
No dia 2 de setembro, a professora Euda Maciel, presidente da SINDUECE, comandou uma importante reunião ​.O motivo central da assembleia foi o fato de o Governador Cid Gomes não cumprir com a palavra, quando havia entrado em acordo com as ​ lideranças sindicais ​ ​do SINDUECE, SINDURCA e SINDUVA, por ocasião das greves realizada no final de 2013.​
Eudes Baima, vice-presidente da SINDUECE, iniciou a reunião info​r​mando sobre um encontro, já acontecido, entre os servidores e o Governo ​ do Ceará​. Nele, o​ governador Cid gomes ​havia solicitado às universidades que fizessem um cálculos das cargas horárias dos docentes, para que se pudesse discutir a disponibilização de vagas para concurso.
No entanto, essa palavra, para os servidores, não atendeu às expectativas, pois ficou evidente para eles que o ​g​ overnador queria apenas um adiamento nas tomadas de decisões em relação aos problemas levantados pelos sindicatos.
Segundo Eudes Baima, em Itapipoca, nessa mesma época do primeiro encontro, houve acordos significativos, o que colaborou para que os servidores acreditassem na ampliação do campus universitário e em diversas atualizações cabíveis.
Assim, nesse primeiro momento de negociações, só houve divergência quanto ao montante de dinheiro necessário para a realização das obras na universidade ​.​ ​E​ntretanto, finalizada a greve, nada aconteceu de concreto na sede da UECE em Itapipoca ​, segundo informações repassadas pelos professores daquela unidade.​
Depois de tantas decepções e quebras de expectativas, os servidores voltaram a fazer contato, dessa vez com deputados, a fim de resolverem os entraves. Mais uma vez não atingiram o objetivo.
Logo, reúnem-se nessa assembleia para, principalmente, voltarem ao questionamento: as universidades devem retomar as greves?
Nesse momento, o ​ Vice-Reitor e​ professor Hildebrando ​informa que as obras da universidade ​em​ Tauá não estão paradas e que, provavelmente, serão entregues em novembro. Disse também que a obra do restaurante universitário em Limoeiro ​do Norte ​e outras estão em pleno exercício de reconstrução e ampliação, e que é necessário levar em consideração que um projeto do Governo, geralmente, é demorado por causa dos processos de licitação.
O reitor da UECE, ​professor ​Jackson Sampaio, manifestou-se citando algumas das benfeitorias disponibilizadas às universidades pelo Governo ​ do Estado​, benfeitorias estas que se referem diretamente ao salário dos servidores, às vagas para concurso e à regulamentação do PCCV docente.
Jackson Sampaio ainda expôs a opinião do Governador em pressionar as universidades a detalharem as necessidades em relação à carga horária e às exigências para determinados cargos. Para o reitor, o Governo deve implantar uma gratificação no salário de determinados cargos, como os de ​C​oordenador e ​V​ice.
Eudes Baima retoma, então, a palavra, reafirmando que não há respostas efetivas do Governos nem propostas que sejam aceitas pelos servidores. Assim, sem a tão esperada retificação do governador, o SINDUECE não reconhece outra opção a não ser a de retomar a greve, antes, porém, levando à discussão ​nas bases em reuniões em cada uma das unidades da UECE para que todos avaliem e se posicionem sobre ​as propostas, intervenções e sugestões elaboras na assembleia.
O professor Moacir, coordenador do curso de Medicina, questionou sobre o fato do concurso para professor efetivo não estar acontecendo, visto que o Ministério Público tem vetado a oportunidade aos servidores substitutos, prejudicando o andamento das aulas nas instituições estaduais.
Sara, representante do DCE, complementou o mesmo questionamento, citando a importância de um possível concurso para admitir professores efetivos.
​O professo ​Fred Moura retoma então o tema central da Assembleia, reafirmando que o Governador Cid Gomes não cumpriu com a palavra e que, por isso, não deveriam ter finalizado a greve.
Professor Epitácio Macário concorda que as mobilizações devem continuar, ​para​ pressionar o Governo, demonstrando a força dos servidores estaduais, ​estudantes​ e sindicatos.
Segundo ​o professor ​Macário,​ Vice-Presidente do Sindicato Nacional ANDES,​ o Ministério Público estava pressionando as universidades e seus servidores, quando deveria direcionar seu posicionamento à SEPLAG e ao Governo do Estado.
Raquel Dias, candidata ao Senado e professora do curso de Pedagogia ​ na UECE, e Ailton Lopes, candidato ao Governo​ e ex-aluno da UECE no curso de medicina universitária​, apoiam o ​SINDUECE​ na luta pelos direitos dos servidores, professores e estudantes das universidades estaduais do Ceará.​ Informa que irão colocar a defesa e valorização das universidades estaduais como tema nas campanhas eleitorais pela TV e rádios​.
Andreisson, professor substituto da UECE, retoma o mesmo assunto sobre a falta de concurso para professor efetivo, atacando o Governo veementemente, inclusive relembrando o episódio em que professores foram fisicamente agredidos em uma manifestação.
Estiveram presentes também Célio Coutinho, professor Alex da FAFIDAM e a professora Neuma, todos em favor da retomada da greve, já que o Governador Cid Gomes não cumpriu coma palavra nem se retratou. Dessa forma, fica estabelecido que ​serão programadas reuniões em todas as unidades para os professores de toda a UECE participarem e avaliarem as posições a serem adotadas e que no dia 16 de setembro, às 9 horas, no Campi Itaperi ​haverá uma nova Assembleia ​do SINDUECE..
Por: Cristina Torres – TEIA DIGITAL

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