sábado, 27 de outubro de 2012

Um milhão desiste de curso superior

Segundo levantamento, 18% dos alunos matriculados na faculdade em 2010 não retornaram à graduação no ano passado. Especialistas destacam falta de interesse, de aptidão e de qualidade das instituições. Recentemente o Ministério da Educação (MEC) anunciou aumento de 5,7% nas matrículas do ensino superior, entre 2010 e 2011. O número, que superou a marca de 6,7 milhões de graduandos aliado ao dado de concluintes - 1.022.711 -, mostrou também a outra face da expansão da etapa escolar no País. Apesar de o leque ter se aberto para mais estudantes, o número dos que conseguem levar o curso até o fim ainda é baixo. Levantamento realizado pelo jornal Correio Braziliense mostra que de 2010 para 2011 praticamente um milhão de alunos não renovou a matrícula - taxa equivalente a 18%. Dos 5.398.637 de graduandos, somente 4.392.994 efetivaram a inscrição. Especialistas afirmam que a expectativa de conclusão do curso no Brasil gira em torno de 50%. São diversos os motivos que levam alunos a desistirem dos cursos. O diretor do Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, da Ciência e da Tecnologia, Roberto Leal Lobo, especialista no tema, destaca a falta de motivação, de interesse, questões financeiras e até a qualidade da universidade. "Existe um mundo de possibilidades. Muitas instituições não conseguem fazer uma boa transição entre o que o estudante espera e o que ele vai encontrar no ensino superior. Também existem os que não têm base e se perdem na universidade, logo são desencorajados." Desistência - A técnica de segurança do trabalho, Cecília Nunes, 28 anos, faz parte da relação dos que tentaram seguir o caminho do ingresso na faculdade, mas deu errado. A estratégia não funcionou para a jovem que não conseguiu sair do primeiro semestre de turismo, em uma faculdade particular do Distrito Federal. "Gostava do curso, mas não tive condições financeiras", conta. A solução foi o ensino técnico. Formada em segurança do trabalho, Cecília pensa em voltar a estudar. "Mas faria outro curso. Turismo não tem mais a ver com meu projeto de vida." Prejuízo - Alguns estudantes não necessariamente desistem da graduação, apenas mudam de área ou trancam o curso. Ainda assim, para especialistas, esses alunos entram na conta de investimento sem o lucro esperado. Segundo cálculos do Instituto Lobo, cada aluno custa cerca de R$ 15 mil ao ano nas instituições públicas e R$ 9 mil nas privadas. Para Roberto Lobo, o prejuízo não se restringe ao estudante e à instituição. "A sociedade também perde". O número de desistências, hoje estimado em 18%, embora seja alto, já foi pior e está perto da média global. "O pico foi em 2008 e 2009, quando houve a expansão do ensino - chegou a 21%. Nos Estados Unidos, por exemplo, as boas universidades são as que colecionam índices baixos." Na opinião do assessor especial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e professor da Universidade Católica de Brasília, Célio Cunha, a qualidade do ensino oferecido é o motivo mais forte do baixo índice de renovação de matrículas, principalmente nas instituições públicas. Segundo ele, é fundamental que as universidades apostem em uma pedagogia que possa acompanhar os alunos mais de perto. "É importante ter uma política de orientação, como ocorre na pós-graduação", acredita. O Ministério da Educação diz estar ciente dos dados e estuda a situação. Superior incompleto - A quantidade de estudantes que não renovaram a matrícula foi calculada pela reportagem do Correio com base no Censo da Educação Superior 2011. O levantamento do Inep mostrou que 6.379.299 de pessoas se matricularam em instituições de ensino em 2010. Excluindo os 980.662 formandos, mais de cinco milhões de pessoas deveriam ter feito a matrícula novamente. Em 2011, das 6.739.689 inscrições, 2.346.695 foram de calouros, totalizando 4.392.994 de estudantes remanescentes. Ao subtrair o número dos que se matricularam com os que deveriam ter se inscrito, a reportagem chegou aos 1.005.643 que ficaram para trás. Os dados, entretanto, não levam em consideração estudantes que mudaram de curso, trancaram provisoriamente ou morreram no período. O Inep promete para esta semana o lançamento dos microdados do Censo, capazes de precisar ainda mais a informação. Evasão preocupa - Em fevereiro deste ano, o MEC e as universidades começaram a discutir uma proposta para mudar o número de evasão no ensino superior. Os dados de 2010, recém-divulgados na época, eram alarmantes. O índice oficial mostrava que 15,6% dos alunos nas universidades particulares abandonaram o curso, nas universidades públicas; o percentual estava na casa dos 13,2%. Como solução, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Claudio Costa, chegou a anunciar propostas como a ampliação da assistência e a criação de monitorias para estimular os graduandos. Nos próximos dias, o Inep anunciará os novos dados de evasão. Roberto Leal Lobo ressalta que a preocupação é justa. "O prejuízo é muito grande. É uma pena e um desperdício. Os países todos batalham contra isso e o Brasil deve fazer o mesmo. Não pode desistir da luta". O assessor especial da Unesco e professor da Universidade Católica de Brasília, Célio Cunha, reforça o apelo de Lobo. Segundo ele, também é preciso olhar para o ensino médio, porque, embora o número de evasão da graduação seja alto e haja a necessidade de garantir qualidade e assistência para os que ingressam, ainda existem os que nem conseguem chegar ao ensino superior. (Correio Braziliense)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Pesquisa aponta que universitários não mostram interesse em carreira docente

A porcentagem de alunos que não pensavam em ser professores ou tinham dúvidas sobre essa opção foi de 52% na licenciatura em Física e 48% na Matemática.
Pesquisa realizada na Faculdade de Educação (FE) da Universidade de São Paulo (USP) mostra que metade dos alunos dos cursos superiores de licenciatura em Física e Matemática não se interessam ou tem dúvidas em se tornarem professores de educação básica. O estudo da pedagoga Luciana França Leme também ouviu alunos de Medicina, que manifestaram interesse pela profissão, mas que não a seguiram devido aos salários e as condições de trabalho.
 A pesquisadora recomenda que a licenciatura seja mais valorizada nas áreas de Física e Matemática, e que os alunos de Pedagogia tenham mais oportunidades de vivenciar a experiência de ensinar em sala de aula. Ao todo foram aplicados 512 questionários para ingressantes nos cursos das licenciaturas em Física, Matemática e Pedagogia e do bacharelado em Medicina da USP. As questões verificaram se os estudantes tinham interesse em ser professores da educação básica, que abrange a educação infantil (de zero 5 anos de idade) e os ensinos fundamental (de 6 a 14 anos) e médio (de 15 a 18 anos). "A maior motivação da pesquisa foi a escassez de professores no Brasil, em especial na área de ciências exatas, pois estudos indicam que poucos jovens querem seguir carreira docente", diz Luciana.
A porcentagem de alunos que não pensavam em ser professores ou tinham dúvidas sobre essa opção foi de 52% na licenciatura em Física e 48% na Matemática. "Os estudantes apontaram que entraram nos cursos por interesse em Matemática e Física, pelo fato de a USP ser gratuita e dos recursos que oferece e que poderão ser úteis no mercado de trabalho, sendo que este último argumento poderia ser usado para justificar o ingresso em qualquer outro curso da Universidade", afirma a pedagoga. Na Pedagogia, 30% descartaram seguir o magistério ou estão em dúvida. "O índice é menor porque muitos alunos ingressam nessa carreira pensando em ser professores, além de outras razões, como a possibilidade de trabalhar com crianças".
A questão salarial apareceu como uma das principais razões pensadas para se optar ou não pela profissão. "Normalmente, quem queria entrar no magistério sabia exatamente o valor dos salários pagos aos professores, enquanto os que não tinham interesse estimaram valores fora da realidade, ou muito altos ou muito baixos", diz a pesquisadora. "A decisão também é influenciada por outros fatores intrínsecos à profissão, como a liberdade para trabalhar, pois boa parte dos alunos alegou que só seria professor se conseguisse ingressar numa escola reconhecida por ter bom trabalho educacional, onde pudesse ter relativa autonomia e ensinar com certa liberdade".
Condições de trabalho - Entre os alunos de Medicina, a porcentagem daqueles que em algum momento da vida pensaram em ser professor chegou a 15%. "É um número alto, especialmente se for levado em conta que se trata de um grupo que normalmente apresenta maiores vantagens sociais, vindo de famílias de renda mais alta, e que por esses motivos pode escolher a profissão que quiser", conta Luciana. "A maioria deles ainda assinalou que gostaria de dar aulas no ensino médio". A pesquisa apurou que os estudantes interessados no magistério não se tornaram professores de educação básica devido às condições de trabalho e os salários. "Entretanto, foi manifestado um grande respeito pela profissão de professor", ressalta a pedagoga. "Eles apontaram com grande precisão o papel do professor como carro-chefe da sociedade e principal responsável pela aprendizagem social e cognitiva das crianças e adolescentes". Luciana recomenda que os professores sejam reconhecidos como profissionais da educação. "Isso não deve acontecer apenas em termos de imagem pública, pois o professor é o único profissional capacitado que pode atuar no aprendizado dos alunos da educação básica", destaca. "O reconhecimento também deve vir em termos de carreira e de salário, viabilizando meios de ascensão social que não passem pelo abandono da atividade educacional" A pesquisadora observa que os cursos de Física e Matemática precisam conciliar mais a pesquisa científica com a formação de professores para a educação básica. "Muitos alunos entram pensando em fazer pós-graduação, seguir carreira acadêmica na universidade ou ir para outras profissões", diz. "Na área de Pedagogia, há um maior interesse pelo magistério, mas é necessário que esses alunos vivenciem de forma mais intensa a experiência das salas de aula, especialmente das escolas públicas". A pesquisa faz parte de dissertação de Mestrado de Luciana, apresentada na FE e orientada pela professora Sandra Zakia Souza.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Geógrafo Niel Smith falece aos 58 anos

Escocês dedicou a carreira a estudar conexões entre antropologia, economia e geografia.
 
O geógrafo escocês Neil Smith morreu ontem aos 58 anos de falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado desde quarta-feira em um hospital de Nova York (EUA).
Smith era considerado um dos mais importantes geógrafos contemporâneos. Ele lecionava antropologia urbana, cultural e ambiental na City University of New York.
Ele dedicou sua carreira a estudar as conexões entre campos aparentemente distantes: a geografia, a antropologia e a economia. Seu estudo focava principalmente as questões de desenvolvimento e transformação dos centros urbanos, em especial nos EUA e na Europa, e a relação entre estas transformações e a lógica do capitalismo.
Smith argumentava que os espaços, seja em escala global ou local, são fruto não só das relações sociais, como também das relações capitalistas com o território. Essa teoria rendeu uma de suas obras mais conhecidas, "Uneven Development: Nature, Capital, and the Production of Space" ("Desenvolvimento desigual: Natureza, capital e produção do espaço", em tradução livre), de 1984. Nascido em 1954, na cidade escocesa de Leith, ele começou os estudos no Reino Unido. Em seguida, partiu para os EUA, onde chefiou o departamento de Geografia da Universidade Rutgers. Ele era co-editor da revista "Society and Space" e fazia parte da equipe da "Nature".
FOLHA DE SÃO PAULO 30set12

terça-feira, 25 de setembro de 2012

APÓS ANOS SEM CONCURSO PARA PROFESSOR EFETIVO, GOVERNO PUBLICA EDITAL

Após quase sete anos sem promover concurso para a carreira de magistério superior, o Governo do Estado publicou hoje (25) no Diário Oficial o edital para o certame. Ao todo serão oferecidas 76 vagas para professor entre adjuntos e assistentes. As inscrições estarão abertas após 15 dias utéis a contar a data de publicação do edital. As datas das provas serão confirmadas posteriormente no sitio da UECE. Outras informções http://imagens.seplag.ce.gov.br/PDF/20120925/do20120925p01.pdf

domingo, 9 de setembro de 2012

GRANDE DEBATE AQUECE ELEIÇÃO NA FAFIDAM

A FAFIDAM realiza nesta quarta (12/09) as 19h30 o 1º Grande Debate entre as chapas que disputam a sua Direção. Trata-se de uma oportunidade ímpar para toda a comunidade acadêmica que poderá conhecer os candidatos, o que pensam e como pretendem dirigir a FAFIDAM nos próximos quatro anos.
Infelizmente ainda não temos um modelo eleitoral diretamente democrático, visto tratar-se de uma consulta a comunidade universitária obedecendo ao voto proporcional-paritário onde três categorias de eleitores (professores, funcionários e estudantes) possuem peso de decisão diferenciado. Porém, esse também pode constituir um excelente ponto para questionamento das chapas. Por que não questionar e exigir que os candidatos defendam junto aos conselhos universitários a mudança dessa proporção? Afinal, o que mais se fala em período eleitoral é em democracia! Vamos prestigiar o debate.
 
 

domingo, 2 de setembro de 2012

Laboratórios da UECE receberão equipamentos e instrumentos técnico-científicos e educacionais

Foi aprovado pelo Senado Federal a contratação, pelo Governo do Estado, de financiamento externo junto a MLW Intermed no valor de € 50 milhões (cerca de R$ 127 milhões) para aquisição de equipamentos nas áreas de ciência e tecnologia, educação, segurança pública, meio ambiente e saúde.
Os recursos irão viabilizar a implantação do Projeto de Modernização Tecnológica do Estado do Ceará (Promotec). No âmbito do sistema estadual de Ciência e Tecnologia, serão beneficiadas diretamente as três universidades estaduais - Uece, Urca e UVA, Funceme e ainda a Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec) e o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação (IPDI), instituições vinculadas à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece)
A MLW Intermed é uma empresa alemã que atua em vários estados brasileiros e países financiando a aquisição de equipamentos com elevado conteúdo tecnológico. Serão adquiridos para o Estado equipamentos e instrumentos técnico-científicos e educacionais, bem como materiais e peças de reposição, com vistas à melhoria na infraestrutura de instituições cearenses.
Em contratos anteriores, a MLW Intermed financiou a aquisição de equipamentos que permitiram equipar o IPDI, os planetários do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, e do Museu do Eclipse, em Sobral, além das três Faculdades Tecnológicas (Fatec/Centec), bem como adquirir uma escada magirus, para salvamento e resgate de vítimas para o Corpos de Bombeiros Militar do Ceará.
31.08.2012
Assessoria de Comunicação da Secitece

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cadastre-se para medir com precisão a sua banda larga

Indicadores de qualidade de conexão a rede de dados também foram definidos na Resolução 574/11, os quais deverão ser observados pelas prestadoras.
O Programa de Aferição de Qualidade da Banda Larga no Brasil, visa medir os indicadores de qualidade e precisa de voluntários.
Faça parte do grupo de brasileiros que irá medir a qualidade da conexão banda larga em nosso país.
Cidadãos e empresas de todos os estados brasileiros podem participar gratuitamente
A ANATEL e as operadoras de banda larga fixa (Internet) do Brasil têm o compromisso de medir e acompanhar os indicadores de qualidade da conexão banda larga em todo o país.
Para a medição da qualidade de banda larga fixa o Programa abrangerá usuários das prestadoras do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) com mais de 50 mil acessos (atualmente, Oi, NET, Telefônica/Vivo, GVT, Algar, Embratel, Sercomtel e Cabo).
Caso tenha interesse em participar dessa iniciativa, como voluntário, acesse http://www.brasilbandalarga.com.br/index.php/signup e faça sua inscrição.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Contra o Produtivismo, um protesto solitário


 Profa. Ana Fani Alessandri Carlos /USP

Compreender as condições nas quais se reproduz a sociedade brasileira, iluminar os conflitos e a condição profundamente desigual desse processo, requer dos pesquisadores a disposição de "habitar o tempo lento" imposto pela atividade do conhecimento. Esta compreensão – como prova a história do conhecimento – não é individual, pois pressupõe o debate de ideias entre pares, fundado no respeito à diferença e nas possibilidades postas pela diferença de vertentes e posições teórico- metodológicas que, antes de se conflitarem, se enriquecem. Esse processo exige tempo e condições de trabalho, exige também compromissos, e exige, ainda, disposição para o debate. O trabalho individual de reflexão/análise se coloca como pressuposto da elaboração do conhecimento, condição do debate
Nesse sentido, se não há uma verdade absoluta que se eleva no horizonte, tampouco existe somente um único caminho possível para pensar/interpretar o mundo. Por outro lado, penso que nosso papel na universidade é o de ensinar formando cidadãos, criando condições, dando-lhes ferramentas para construir essa interpretação. Mas, sem uma pesquisa que se debruce sobre a realidade, sem uma reflexão profunda e sem fundamento, exigidos pelo árduo trabalho de "gabinete", o que vamos ensinar-lhes?
Não sendo o único centro de produção do conhecimento, a universidade é, no entanto, o lugar precípuo desta possibilidade, que, para se realizar, precisa criar as condições necessárias dessa atividade. Trata-se de abrir espaços onde, sem preconceitos, possa desabrochar a diferença dos modos de pensar o mundo. A condição de independência e do exercício da liberdade de pensar se apoia na realização desta virtualidade. Mas o tempo da reflexão, cada vez mais consumido em papéis (hoje virtuais), relatórios e pareceres, de todos os tipos, definha sem percebermos. Em todos os lugares, a conversa aponta a "falta de tempo".
Não importa se nosso trabalho analisa o mundo, desvenda suas contradições mais profundas; se com a produção de um saber construímos os caminhos de um país independente. A universidade espera resultados quantitativos, muitos artigos publicados – ninguém se pergunta ou questiona seus conteúdos, se guardam alguma possibilidade fecunda de conceber este mundo e nossa realidade desigual e dependente - muitas participações/organizações de congressos, seminários, worshops - não importa se com eles aprende-se algo, se depois de exporem seus trabalhos as pessoas se dão ao, trabalho de permanecerem para o debate. E ainda poucos se preocupam com os debates, posto que o centro das preocupações é o certificado de uma "presença ilusória". Mas há mais. Solicitação de pareceres de todos os tipos, salas apinhadas, reitores autoritários, falta de ambiente acadêmico.
Diante deste cenário e da necessidade sempre ampliada do preenchimento do lattes, o que fazer? Há muitas estratégias. Posso correr de um colóquio a um workshop apresentando trabalhos "quase iguais, etc. “Estou tão cheia de trabalho burocrático que ainda bem que meus alunos escrevem artigos e colocam meu nome; senão não teria nada no currículo". Foi o que ouvi, quase literalmente, de uma colega em uma de minha viagens.
Outro dia, ao abrir a internet para ver o último lançamento de uma revista, constatei que uma porcentagem considerável dos artigos estava assinada tanto pelo seu autor verdadeiro quanto pelo seu orientador. Façamos uma conta, rápida: 10 orientandos escrevendo 2 artigos por ano somam 20 artigos no "currículo Lattes" de seu orientador. Parece tentador!
"Se os outros programas de pós-graduação fazem isso para aumentar a nota junto à CAPES, também faço...", ouvi de outro colega, coordenador de um programa de pós-graduação! Por uma nota melhor – em substituição ao reconhecimento e importância da produção acadêmica realizada– cada programa de pós-graduação torna-se não um parceiro de debate, mas, antes, um competidor. Mas até que ponto a CAPES (que somos nós) privilegia e cobra esse comportamento destrutivo dos professores? Onde e quando foi decidido pela comunidade geográfica que o mestrado deve ser concluído em 18 meses? Que se deve publicar cada vez mais (não importa com que conteúdo), que orientadores devem assinar, como coautores, pesquisas orientadas, quando sabe-se que existe até mesmo lei de direto autoral indicando que orientador não é coautor (lei cuja existência de maneira alguma substitui a ética)?
Será que a comunidade acadêmica está contente com essa situação? Quando foi que perdemos nosso discernimento e consciência sobre nosso papel de educadores, de formadores, de pensadores?
Um manifesto do GEU – Grupo de Estudos Urbanos –, que apontava com mais profundidade e amplitude essa situação durante o Simpósio de Geografia Urbana realizado em Brasília em setembro de 2009 caiu no vazio. Ainda outro dia recebi um e-mail de "corajosos professores da Paraíba" que se desligaram de seus programas de pós em protesto contra este estado de coisas. Decisão solitária, sem prováveis seguidores. Isso não soa como um alerta?
Nossa associação estaria preocupada com a situação dos programas de pós-graduação em Geografia e com as condições em que se realiza o ensino e a pesquisa, no Brasil? Ou a avaliação é de que "tudo vai bem"? Não seria o caso da ANPEGE abrir, em seu calendário, um lugar de debate para revermos essas práticas produtivistas e anti-éticas? Faz-se necessário que cada programa de pós-graduação veja no outro um parceiro de debate, um cúmplice na produção do conhecimento sobre a realidade brasileira.
Estou absolutamente convicta do papel da Geografia na compreensão do mundo moderno, onde o espaço vem assumindo um protagonismo inédito na compreensão da realidade de hoje. Mas isto exige trabalho de pesquisa, reflexão, ambiente de debate.
Meu protesto solitário: retiro-me da comissão científica de todas as revistas brasileiras das quais participo e que aceitam artigos em coautoria orientador/orientando sobre pesquisas orientadas, como procedimento correto e justificável.
Se achar pertinente divulgue, se quiser aderir, aja, há muitos campos de ação, procure um ou junte-se a esse!

Ana Fani Alessandri Carlos

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sobre o produtivismo acadêmico, artigo de José Maria Alves da Silva

 
 
José Maria Alves da Silva é professor da Universidade Federal de Viçosa. Artigo enviado ao JC Email pelo autor.

Nos primórdios da humanidade, o tamanho da população e suas possibilidades de reprodução dependiam crucialmente da disponibilidade de meios de subsistência. "Maximizar o aproveitamento de recursos", princípio que representa o sentido original da palavra economia (do grego oikosnomia), era então uma questão vital.
 Na sociedade capitalista contemporânea a situação é muito diferente. O avanço tecnológico, impulsionado pelo conhecimento científico, elevou a capacidade produtiva para níveis muito além das necessidades humanas essenciais e o imperativo econômico passou a ser o lucro. Nesse contexto, a produção de bens materiais adquire uma finalidade em si mesma e as necessidades humanas tornam-se pretextos que precisam ser reinventados incessantemente. Não se trata mais de "produzir para consumir para viver", mas sim de "viver para produzir para consumir". Consumismo e produtivismo são termos pejorativos surgidos na crítica denunciadora dessa inversão de valores.
Por contágio dessa cultura, introduziram-se nas universidades, primeiro as norte-americanas, modos de produção acadêmica de alta escala. Em conseqüência da institucionalização do lema "mass production", adquirem valor próprio quantidades de papel escritos na forma de livros, artigos em revistas indexadas e tudo o mais que pode servir para entulhar bibliotecas, sem necessariamente ter algo a ver com novas idéias ou avanço de conhecimento. Esse é o sintoma principal do mal conhecido como produtivismo acadêmico.
Onde o produtivismo acadêmico impera, conforme a imposta regra categórica do "publish or perish", não é preciso pensar ou pesquisar desde que se passe a impressão de estar fazendo isso, ao passo que os pensam e pesquisam seriamente correm o risco da exclusão, caso não consigam criar essa aparência. Aulas, conferências e palestras brilhantes, ou qualquer outro tipo de comunicação, fora dos meios reconhecidos, não contam, por mais que sirvam para solucionar problemas, enriquecer espíritos ou abrir novos caminhos de pensamento. Além de levar a uma rotinização da atividade acadêmica, tornando professores cada vez mais semelhantes a burocratas - os "buroprofessores", nos dizeres do saudoso geógrafo Milton Santos - isso contribui também para um clima cada vez mais competitivo, hostil e estressante nos campi universitários.
Nos países ricos, o produtivismo acadêmico tem um lado positivo na medida em que contribui para a geração de empregos de pessoal altamente qualificado, aliviando preocupações governamentais. Entretanto, nos países que mais carecem de soluções criativas para problemas cruciais, a existência de especialistas nas universidades públicas mais preocupados em gerar indicadores e atingir metas ditadas por agências de avaliação, constitui paradoxal desperdício de recursos valiosos investidos na formação de mestres e doutores.
* A equipe do Jornal da Ciência esclarece que o conteúdo e opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do jornal.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Uece fará concurso com 222 vagas

O primeiro edital sairá neste mês, com 76 vagas, e o segundo será lançado somente no próximo ano
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) vai realizar dois concursos públicos para a contratação de 222 novos professores. O edital do primeiro certame deverá ser publicado ainda neste mês e vai ofertar 76 vagas. No próximo ano, outro edital será divulgado pela instituição, dessa vez com 146 vagas.

Segundo o reitor da Uece, José Jackson Coelho Sampaio, esse é um momento rico para a Universidade devido à realização dos concursos e também da eleição dos diretores. "O último concurso realizado pela universidade aconteceu em 2005 e vigorou até o ano de 2007. Portanto já faz um bom tempo", acrescentou o reitor.

Municípios

Há sete anos foram ofertadas 81 vagas, sendo 25 para Fortaleza e 56 distribuídas entre Tauá, Itapipoca, Crateús, Limoeiro do Norte, Quixadá e Iguatu.

Sampaio comentou que a instituição tem 37 anos e, por isso, muitos professores estão fechando se aposentando. Dessa forma, muitas disciplinas podem ficar sem professor.

O reitor explicou que dessas 222 vagas que serão ofertadas no concurso, 146 são devido a aposentadorias, 47 por falecimentos e 29 por causa de exonerações. A expectativa é que com os novos mestres assumindo as vagas, a UECE recupere o quadro de professores que perdeu de 2007 até agora.

Além disso, ele também destacou que serão realizadas as eleições para o ouvidor da Universidade. Outro objetivo é fazer a eleição para 13 diretores dos centros, faculdades e das instituições de ensino. "Sem dúvida estamos tendo um ano muito bom, pois também conseguimos aprovar a criação de três novos doutorados e temos alguns projetos, em relação à pós-graduação, que saberemos até o fim do ano se vai dar certo", declarou José Jackson Coelho Sampaio.

Ele destacou que a Universidade Estadual do Ceará possui 144 grupos de pesquisa devidamente credenciados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que trabalham em 96 laboratórios.

Investimento
O governador Cid Gomes autorizou, na última sexta-feira (3) um total de R$ 55 milhões para investimentos nas três universidades estaduais cearenses até 2014. Desse montante, R$ 25 milhões serão destinados à Uece.

Melhorias na infraestrutura física serão realizados com os investimentos aplicados na Universidade. Serão construídos laboratórios, quadras esportivas, e implementados projetos de acessibilidade. Com a verba, também será adquirido um ônibus tipo rodoviários, assim como outros equipamentos.

De acordo com o reitor da instituição, esses recursos serão de grande importância para a melhoria da infraestrutura da Uece. "Esse dinheiro será investido principalmente em obras. A universidade cresceu, mas o seu espaço físico, principalmente no Interior, não acompanhou. Por isso, a estrutura precisa ser incrementada", afirmou Sampaio.

Fonte: Diario do Nordeste 09.08.2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Lançado edital de concurso para professor efetivo da UVA

O Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), autorizou a realização de Concurso Público de Provas e Títulos para provimento de cargo de professor efetivo assistente e adjunto da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral. O Edital 09/2012, que fixa as normas do Concurso, foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 10 de julho e está disponível no site www.uvanet.br.
As inscrições serão recebidas no período de 20 de julho a 02 de agosto de 2012, exclusivamente através da Internet, no endereço eletrônico htpp://concursos. uvanet.br, para os Cursos de Engenharia Civil e de Letras. A titulação exigida é de Mestre e Doutor. Estão sendo ofertadas 20 vagas.
Após a conclusão do preenchimento da ficha de inscrição on-line, deverá ser impresso o boleto bancário, também disponível na Internet, para o pagamento da inscrição, no valor de R$ 100,00, em qualquer agência bancária, até o dia 03 de agosto.
O Concurso será coordenado, administrado e realizado pela Comissão Executiva de Processo Seletivo – CEPS/UVA. A aplicação das provas escrita dissertativa, didática e de títulos ocorrerá nos dias 14 e 15 de agosto, no campus CIDAO, em Sobral.
A remuneração total, incluindo vencimento base, gratificação de dedicação exclusiva, gratificação de regência de classe e gratificação de incentivo pessoal, com regime de trabalho de 40 horas semanais, será de R$ 5.310,79 para Professor Auxiliar/ Nível A; de R$ 7.016,71 para Professor Assistente/Nível D; e de R$ 9.927,81 para Professor Adjunto/Nível I.

As vagas
Das 20 vagas ofertadas, 13 são destinadas para o Curso de Engenharia Civil, para lotação no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, nos seguintes setores de estudo: Construção Civil (04), Estrutura (02), Física na Engenharia (01), Matemática na Engenharia (01), Meio Ambiente (01), Recursos Hídricos (02) e Solos (02).

Para o Curso de Letras, do Centro de Filosofia, Letras e Educação, são 07 vagas nos setores de estudo Língua Inglesa (03); Literatura da Língua Inglesa (01); Ensino de Língua Inglesa (01), Linguística e Teoria da Literatura (02).

Serviço
Comissão Executiva do Processo Seletivo – CEPS
Av. Dr. Guarany, 317 – Campus CIDAO, Derby, Sobral-CE
Fone/fax: (88) 3677-4210 – site: www.uvanet.br

Fonte: Assessoria de Comunicação da UVA

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A universidade e a formação de professores: uma discussão necessária

Artigo de Luciano Mendes de Faria Filho, professor da Faculdade de Educação da UFMG e coordenador do Projeto Pensar a Educação Pensar o Brasil - 1822/2022. Texto publicado no Boletim da UFMG de hoje (23).

Há entre os principais agentes que atuam no campo educacional brasileiro, seja no âmbito das políticas, das organizações sociais ou das pesquisas acadêmicas, certo consenso de que a elevação da qualidade da educação no Brasil depende de uma série de fatores interdependentes. Ela estaria condicionada a uma atuação articulada das diversas instâncias governamentais no aperfeiçoamento das estruturas das escolas - desde as cantinas até as bibliotecas -, das carreiras e dos salários, da gestão dos sistemas e das unidades escolares, da formação de professores, e, para não alongar muito a lista, na melhoria das condições de vida das famílias e das crianças e jovens atendidos pelas escolas.

Somente na forma de bravata ou de pirotecnia governamental é que se afirma que a atuação em qualquer um desses aspectos acima apontados, de maneira isolada, traria uma melhoria substantiva da educação no Brasil. Infelizmente é isso que ocorre, muitas vezes, quando se discute a questão da formação de professores.
Não são poucos aqueles que afirmam que a má formação docente seria a principal responsável pela baixa qualidade da escola pública, derivando daí proposições das mais diferentes para resolver o problema, desde as que defendem o fechamento dos atuais cursos de formação de professores até aquelas que sugerem diversas formas de expansão dos cursos já existentes.

A crença na centralidade da formação de professores e em algumas proposições apresentadas acaba por impedir o debate equilibrado dos problemas que afetam a formação docente e de possíveis soluções. Este é, a meu ver, o caso da atuação das universidades na formação de professores. Existe, aqui, uma série de  mal-entendidos e um problema estrutural de difícil solução.

Gravura de Goya em aguaforte (1797)
Há muito tempo critica-se a atuação das universidades na formação de profissionais para a escola básica no Brasil. Na última década houve uma intensificação desta crítica à qual estaria associada, também, a maior  importância conferida à pós-graduação na comparação com a graduação, nível em que esses profissionais de ensino, via de regra, são formados. A isso se somaria o maior investimento dos departamentos universitários na preparação de pesquisadores em detrimento da formação de professores.

Diante deste diagnóstico, que em linhas gerais se mostra verdadeiro, muitos dos agentes que tratam  publicamente desses problemas se posicionam como se uma mudança desse cenário dependesse, por um lado, das vontades individuais dos professores universitários, e, por outro, de reformas e adaptações curriculares dos cursos de formação. Parece-me que o problema é mais sério, assumindo um viés estrutural.

Na definição constitucional, as universidades devem desenvolver o ensino, a pesquisa e a extensão. No entanto, estruturalmente, as universidades brasileiras estão organizadas para produzir pesquisas e conhecimentos novos, não para a formação profissional que se dá, sobretudo, no âmbito da graduação. Isto não quer dizer que elas não realizam as outras dimensões, mas estas disputam tempo, sensibilidade e a competência dos  professores/pesquisadores que atuam nessas instituições.

Sabe-se que boa parte da pesquisa brasileira é realizada na universidade. No entanto, há uma grande censura aos professores dessas instituições por darem mais atenção à pós-graduação e à pesquisa do que à graduação. E se ocorresse o contrário? Será que se tais pesquisadores se dedicassem com o mesmo afinco à graduação conseguiriam competir com seus pares que não assumem tal responsabilidade em boa parte do mundo?

Trabalhando em instituições voltadas para a pesquisa, o ensino e a extensão, os professores universitários compartilham uma cultura acadêmica em que os modos de consagração são, todos eles, referentes ao campo científico-acadêmico. Ou seja, os critérios de reconhecimento da excelência acadêmica dizem respeito, quase todos, à pesquisa, à produção de conhecimento novo e à formação de pesquisadores. São esses critérios que, de certa forma, moldam a competência e as sensibilidades desses professores.

Ora, muitas vezes, a formação de professores requer profissionais de competência e sensibilidade muito distintas das dos pesquisadores. Um pesquisador, por exemplo, tem que ser talhado para a competição com seus pares; o formador, em contrapartida, em boa parte das vezes, precisa ter uma atuação oposta. O
pesquisador é ávido pelo desconhecido; o professor tem que ter a paciência e a disponibilidade para ensinar a outrem aquilo que já se sabe de antemão. Por isso, nem sempre os melhores pesquisadores são os melhores professores.

Além desses aspectos relacionados às disposições mentais e pessoais das funções de pesquisa e ensino, a atuação na formação de bons professores exige dos formadores o desenvolvimento de situações de ensino-aprendizado que levem em conta, já na instituição de formação, a realidade da escola em que o futuro
professor atuará. Isto significa não apenas conhecer a realidade educacional pelo estudo sistemático daquilo que se produz sobre ela, mas também se importar com a sorte dos alunos e das famílias que chegam cotidianamente à escola brasileira.

Se tal quadro é minimamente verdadeiro, de pouco adianta esperarmos que a solução venha da boa vontade dos pesquisadores ou de bem-intencionadas reformas dos currículos de formação. Os tempos, as sensibilidades e as competências exigidas pelas duas atividades são tão distintos que os resultados alcançados por aqueles quem vêm tentando juntar as duas coisas têm sido o desastre ou o adoecimento. Não está na hora de buscarmos outros arranjos institucionais e, portanto, outros resultados na formação de professores em instituições
superiores de ensino público no Brasil?

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Professores podem participar de curso sobre o uso de imagens de satélites como recurso didático

Professores podem participar de curso sobre o uso de imagens de satélites como recurso didático

Estão abertas as inscrições para o curso "Uso Escolar do Sensoriamento Remoto para Estudo do Meio Ambiente", que será realizado de 16 a 20 de julho no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos.

A capacitação de educadores no uso de ferramentas como imagens de satélites e sistemas de informações geográficas é uma tradição do Inpe, que todos os anos, no período das férias de julho, recebe professores do ensino fundamental e médio de todas as regiões brasileiras.

O sensoriamento remoto é hoje considerado ferramenta imprescindível na prevenção ao desmatamento e no apoio à previsão de safras agrícolas, entre outras aplicações, e pode auxiliar o ensino de disciplinas como geografia, ciências, física, química e história. O uso de novas tecnologias torna as aulas mais criativas e contribui para despertar o maior interesse dos alunos.

O curso é composto de aulas teóricas e práticas, atividades de campo e visita às instalações do Inpe. A programação inclui os tipos de sensores e satélites, como se formam as imagens, escala cartográfica e outros fundamentos. São apresentados exemplos do uso escolar das imagens de satélites, bem como as aplicações da tecnologia espacial na agricultura, no estudo do espaço urbano, da vegetação e de bacias hidrográficas.

As inscrições devem ser feitas através do site do curso: www.dsr.inpe.br/vcsr.

(Ascom do Inpe)

sexta-feira, 2 de março de 2012

Curso Básico de Meteorologia por Satélite

Curso Básico de Meteorologia por Satélite − 5 a 7 de março de 2012
Objetivo - Fornecer aos alunos informações necessárias para a compreensão de alguns dos produtos gerados na Divisão de Satélite e Sistemas Ambientais do CPTEC/INPE.
Público alvo - profissionais e estudantes de ciências da terra e da atmosfera, profissionais da defesa civil e responsáveis pelo monitoramento de desastres naturais.
Pré-inscrição - até 02 de março de 2012

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Apresentação de TCC acontece nesta quinta


Como parte da semana de integração da FAFIDAM acontece nesta quinta (01), nos turnos da manhã e noite, várias apresentações de Trabalho de Conclusão de Curs0 - TCC dos alunos de Geografia. Um oportunidade para a comunidade acadêmica, ou não, aprender mais sobre as monografias realizadas nos ultimos anos. Prestigie!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CURSO DE MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO DE NEGÓCIOS TURÍSTICOS


INSCRIÇÕES PARA SELEÇÃO DO CURSO DE MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO DE NEGÓCIOS TURÍSTICOS

O Reitor da Universidade Estadual do Ceará, no uso de suas atribuições legais, torna público, por meio da presente a Chamada Pública de Seleção, para conhecimento dos interessados, que estão abertas as inscrições para seleção do Curso de Mestrado Profissional em Gestão de Negócios Turísticos dos Centros de Ciências e Tecnologia, e de Estudos Sociais Aplicados, nas datas e demais condições especificadas nessa Chamada Pública.
As principais datas do processo seletivo são apresentadas no quadro abaixo:

Inscrições 27/02 a 07/03/2012 17:00 às 21:00 horas
Prova Escrita de Conhecimento e Língua 08/03/2012 18:00 às 22:00 horas
Início do período letivo 20/03/2012 19 horas
As inscrições deverão ser feitas pessoalmente ou por procuração na Secretaria do Curso de Mestrado Profissional em Gestão de Negócios Turísticos ou via postal enviado para a Secretaria do MPGNT, postada como Sedex até o último dia do prazo de inscrição, para o seguinte endereço:

Universidade do Parlamento Cearense – UNIPACE
Secretaria do Mestrado Profissional em Gestão de Negócios Turísticos
Av. Pontes Vieira, 2391, Fortaleza, Ceará – CEP 60130-241
As inscrições presenciais deverão ser realizadas no período de 27 de fevereiro a 07 de março de 2012, das 17:00 às 21:00 horas, na Secretaria do PMGNT no prédio da UNIPACE na Avenida Pontes Vieira, 2391, Dionísio Torres. Telefones para contato (85) 9928.1144 e 9992.9890.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Professor deve ser capacitado para a nova maneira de dar aula, análise de Sérgio Amaral


Sérgio Amaral é livre-docente e coordenador do Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação, na Faculdade de Educação da Unicamp. O texto publicado na Folha de São Paulo dia 1º trata sobre o projeto do MEC de aquisição de tablets para serem usados em sala de aula.


Começamos com a introdução do computador, passamos pela lousa digital, até chegarmos aos tablets. Para os professores, a introdução dos tablets em sala de aula deverá trazer uma grande mudança na maneira de dar aula, de apresentar e de discutir o conteúdo com seus estudantes.

O problema não é com os alunos, mas com os professores. Precisamos capacitar os docentes para a utilização didática dos tablets no desenvolvimento das atividades pedagógicas em sala de aula. O professor necessita de uma mudança na maneira de ensinar, precisa de uma adaptação do material didático. É fundamental desenvolver atividades em sala de aula com conteúdos que efetivamente utilizem os recursos tecnológicos dos tablets.

O tablet é pequeno, apresenta certa dificuldade de realizar anotações e outros problemas se compararmos com o livro didático. Mas apresenta recursos com a convergência multimidiática e a conexão com a internet que facilitam a busca e a integração de conteúdo, contribuindo com o processo de aprendizagem. Para tanto, é necessário que a capacitação dos professores não seja somente instrumental, mas contextualizada na potencialidade e na limitação da tecnologia.

Deve incluir como são as novas formas de interagir, a linguagem e a construção de conteúdo e como incorporá-las nos processos de ensino e de aprendizagem. Só assim, de fato, estará justificado o uso de tablets em sala de aula, como efetivo instrumento do aprender.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

SELEÇÃO PARA BOLSAS EM mORADA NOVA

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONCESSÃO DE BOLSAS DE ESTUDOS PARA OS ALUNOS UNIVERSITÁRIOS DO MUNICÍPIO DE MORADA NOVA

EDITAL Nº 002/2012

A SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, no uso das atribuições que lhe confere o inciso III do Art. 81 da Lei Orgânica do Município e em conformidade com a Lei Municipal Nº 1.518/2009, torna público a realização de processo seletivo simplificado para a concessão de bolsas de estudos para os alunos universitários, residentes em Morada Nova, por prazo determinado de seis meses, prorrogável por igual período, nas condições estabelecidas abaixo:

1. DA INSCRIÇÃO

1.1 – As inscrições serão efetuadas nos dias 25 a 31/01/2012, no horário de 07:30h às 13:00h na sede da Secretaria da Educação Básica, situada a Rua Sargento de Macedo, nº 313.

1.2 – Os candidatos deverão atender às seguintes exigências:
1.2.1 – ser brasileiro nato ou naturalizado, em gozo dos direitos políticos
e sociais;
1.2.2 – estar regularmente matriculado e cursando as seguintes
Licenciaturas: Letras, Matemática, Ciências Físicas e Biológicas,
Física, Química, Biologia, Educação Física, Pedagogia.
1.2.3 – preencher os requisitos de qualificação constantes do Anexo Único, parte integrante do presente Edital.

1.3 – No ato da inscrição serão exigidos dos candidatos:
1.3.1 – fotocópia da identidade e CPF do candidato;
1.3.2 – 1 fotografia 3x4 recente;
1.3.3 – declaração da Instituição de Ensino Superior comprovando matrícula regular e informando o curso e semestre o qual o candidato está cursando;


2. DO PROCESSO SELETIVO

2.1 – O processo seletivo dar-se-á por meio de entrevista composta de questões abertas referentes ao processo educacional e ao processo de ensino e aprendizagem relativo às especificidades de cada licenciatura.
2.2 – A entrevista constará de questões da área de formação totalizando 100 (cem) pontos.
2.3 – A entrevista será realizada nos dias 08 a 10/02/2012, no horário de 07:30h às 13:00h na sede da Secretaria da Educação Básica, situada a Rua Sargento de Macedo, nº 313.





3. DA APROVAÇÃO E DA CLASSIFICAÇÃO

3.1 – Será considerado classificado o candidato que participar da entrevista.
3.2 – A classificação obedecerá à ordem decrescente do número de pontos obtidos pelo candidato na entrevista.


4. DA HOMOLOGAÇÃO

4.1 – A homologação do processo seletivo far-se-á por Ato da Secretária da Educação Básica e constará dos seguintes documentos:
4.1.1 – Portaria de constituição da Comissão Coordenadora do Processo
Seletivo;
4.1.2 – Relatório da comissão supracitada contendo os resultados de desempenho, através da pontuação obtida pelos candidatos;

4.2 – O resultado final, devidamente homologado, será divulgado e afixado no rol de entrada da Secretaria da Educação Básica no prazo máximo de até 10 (dez) dias a contar da realização das entrevistas.


5. DO VALOR DA BOLSA E DA CARGA HORÁRIA SEMANAL

5.1 – O valor da bolsa de estudo será de ½ salário mínimo, para uma jornada de 20 (vinte) horas semanais e terá prazo máximo de até 06 (seis) meses, prorrogáveis por igual ou menor período.

6. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

6.1 – A inscrição do candidato implica aceitação tácita das condições deste Edital, nos termos em que se encontram estabelecidas.

6.2 – Os casos omissos serão resolvidos pelo setor jurídico da Prefeitura e aprovados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal.


GABINETE DA SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA, em 23 de Janeiro de 2012.




MARIA VIEIRA LIMA COELHO
Secretária da Educação Básica




ANEXO ÚNICO
A QUE SE REFERE O EDITAL

CARGO CARGA HORÁRIA SEMANAL REQUISITO MÍNIMO
DE QUALIFICAÇÃO Nº DE VAGAS
Bolsista - Licenciatura Plena em Pedagogia 20 Cursando 30
Bolsista - Licenciatura Plena em Língua Portuguesa 20 Cursando 10
Bolsista - Licenciatura Plena em Matemática 20 Cursando 10
Bolsista - Licenciatura Plena em Inglês 20 Cursando 10
Bolsista – Licenciatura Plena em Ciências ( Biológicas, Química e Física) 20 Cursando 10
Bolsista – Licenciatura Plena em Educação Física 20 Cursando 05




EDITAL Nº 02/2012 – GAB/SEDUC – MORADA NOVA-CE
PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONCESSÃO DE BOLSAS DE ESTUDOS PARA OS ALUNOS UNIVERSITÁRIOS DO MUNICÍPIO DE MORADA NOVA


CRONOGRAMA


AÇÕES PERÍODO /DATA
1. Divulgação do Edital 23/01/2012
2. Inscrições 25 a 31/01/2012
3. Entrevistas 08 a 10/02/2012
4. Divulgação do Resultado da Seleção 17/02/2012
5. Recursos 20/02/2012
6. Divulgação do Resultado do Recurso/Resultado Final 22/02/2012


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

FAFIDAM terá veículo próprio

Após permanecer confinado no Auditório Central da UECE, em 2009, quando pretendia inaugurar a inconclusa (em acervo) Biblioteca Central, o Governador Cid Gomes prometeu atender reivindicações de alunos que pediam entre outras urgências: O R.U, acervo para biblioteca e transporte para atividades acadêmicas da universidade. Enfim, a Universidade Estadual do Ceará, acaba de receber uma frota de seis veículos, tipo furgão, com capacidade para 15 pessoas cada, destinada a atividades acadêmicas dessas unidades, como deslocamento de professores e alunos para aulas de campo, pesquisas, além de outras atividades. Os veículos são equipados com ar condicionado e outros itens para proporcionar um maior conforto e segurança aos seus usuários. As unidades da Uece do interior do Estado a serem atendidas são as seguintes: Faculdade de Educação de Itapipoca (FACEDI); Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão (FECLESC); Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu (FECLI); Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (FAFIDAM); Faculdade de Educação de Crateús (FAEC); e Centro de Ciências e Tecnologia (CECITEC), em Tauá e a entrega ocorrerá tão logo os veículos estejam devidamente licenciados e emplacados.