quinta-feira, 27 de agosto de 2009

JORNADA MUNDO RURAL, AGROTÓXICOS E SAÚDE
27 e 28 de agosto em Limoeiro do Norte/CE



terça-feira, 25 de agosto de 2009

Recuperados objetos furtados da UECE


Após 20 dias de investigação, a Polícia Civil conseguiu desarticular uma das quadrilhas que estavam praticando furtos nas dependências do Campus da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Uma pessoa foi presa e seis computadores furtados do laboratório de Física da universidade foram apreendidos. Apenas uma das máquinas recuperadas tem valor estimado em 200 mil dólares.De acordo com a delegada Eline Barbosa, titular do 5º DP (Parangaba), após o ´arrombamento´ do Laboratório de Pesquisa Avançada em Energia Eólica e Biofísica, os policiais começaram a investigação e identificaram três adolescentes e uma criança, de 10 anos, como sendo os autores do furto.Os quatro haviam repassado os objetos furtados para dois homens. Um deles, Humberto da Cunha Viana, 28, foi preso em flagrante com um computador e uma impressora. Os demais equipamentos foram encontrados em outros dois locais, a partir de denúncias feitas por telefone, que chegaram à Polícia Civil. DN 25/08/09

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Carência de 540 professores efetivos nas Universidades estaduais


Levantamento feito pelas universidades estaduais aponta a carência de 540 professores efetivos. Somente na Uece, são 204. O Sinduece participa hoje do Dia Nacional de Luta para reivindicar novas contratações

Viviane Gonçalves vivi@opovo.com.br 14 Ago 2009 - OPOVO


A carência de 540 professores efetivos tem prejudicado as atividades nas universidades estaduais do Ceará. Professores sobrecarregados, projetos de extensão e pesquisas prejudicados, atraso no cronograma e até falta de aula. Para a presidente do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece), Lia Matos, a situação está insustentável. “O número dos professores efetivos não acompanhou o aumento de cursos e alunos nas universidades. Os professores substitutos estão cobrindo a função de professores que não existem”, denuncia. Segundo o levantamento feito pela reitoria das três universidades estaduais há uma carência de 540 professores efetivos, sendo 204 na Universidade Estadual do Ceará (Uece). Na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) faltam 194 professores efetivos e 142 na Universidade Regional do Cariri (Urca). De acordo com o pró-reitor de Planejamento da Uece, Vladmir Spinelli, os números foram enviados pelos centros e faculdades das três universidades e ainda precisam passar por uma vistoria. “Sabemos que existe a falta de professores efetivos e estamos consolidando os dados”, afirma. A previsão é de que até a próxima semana, todas as carências estejam contabilizadas para serem enviadas ao governador Cid Gomes. Um dos problemas apontados está relacionado à carência inesperada. “Ocorre a perda de professores, mas a reposição não consegue ser feita com a agilidade necessária. A situação se agrava porque ocorre a falta de professores inesperadamente”, avalia. No último levantamento feito pela Uece, entre 2007 e 2009, foram 44 professores aposentados, 13 exonerados, 4 mortos e apenas 28 novas nomeações. “Houve então a redução de 34 professores efetivos”, contabiliza Spinelli. Ele explica que os dados sobre as carências de professores efetivos que será levado ao governador também vai incluir um levantamento parcial sobre a carência futura para o período de 2009/2012. Atraso O universitário Natan dos Santos, 22, diz que a falta de professores já virou rotina e que tem influenciado diretamente no atraso da conclusão do seu curso. Ele lembra que no semestre passado a disciplina de Teorias e Críticas, de Ciências Sociais, foi bastante prejudicada. “Só fui ter aula no meio do semestre quando arranjaram um professor substituto. As aulas eram repostas no sábado e todo mundo acabou sendo sobrecarregado”, conta. Os cursos de Administração, Computação, Serviço Social e Física são apontados pelos estudantes como os mais prejudicados. Segundo o professor Eudes Baima, vice-presidente do Sinduece, a carência está consolidada. “Mesmo que em graus diferentes, todos os cursos são afetados”, diz.

E-MAIS

>Representantes do Sinduece e estudantes também reclamam sobre a falta de estrutura e segurança no campus.

> Hoje, eles vão se juntar a outras sindicâncias no Dia Nacional de Luta. A manifestação é em defesa do emprego, da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e a defesa dos direitos dos trabalhadores. > A programação começa às 8 horas, na Praça do Ferreira, segue até a Coelce e termina na Uece, no campus do Itaperi

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Diagnóstico Geoambiental de Fortaleza é lançado


Viviane Gonçalves vivi@opovo.com


A cidade cresceu e a falta de conhecimento sobre o espaço onde vivemos tem provocado sérios impactos ambientais. As áreas próximas aos rios Cocó e Maranguapinho são as mais críticas, por terem baixa capacidade de suporte. Já a região sul, que vai da avenida Washington Soares até o município de Aquiraz, e a região oeste do Centro, nas proximidades da avenida Bezerra de Menezes, são considerados tabuleiros medianamente estáveis. Ou seja, podem receber a expansão, caso esteja atrelada a um programa de infraestrutura. A análise foi feita a partir do Diagnóstico Geoambiental de Fortaleza. O livro foi lançado ontem, no Auditório Castelo Branco, na Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC). O projeto é inédito no Ceará ao considerar todas as condições ambientais da Capital. “É preciso conhecer Fortaleza para melhorar a ocupação do espaço urbano. Os estudos anteriores eram setorizados. Pela primeira vez consideramos todas as condições ambientais, sem subdividi-las”, esclarece Marcos Nogueira, coordenador da equipe técnica. A obra serviu de base para a elaboração do Plano Diretor Participativo de Fortaleza (PDPFor). “Um exemplo de como o diagnóstico se expressa concretamente através do Plano é a ampliação da área de interesse ambiental de Fortaleza, com a demarcação da cidade em uma macrozona urbana e outra ambiental”, destaca o titular da Secretaria Municipal de Planejamento e Orçamento (Sepla), Alfredo Pessoa. Fortaleza foi dividida em seis zonas ambientais para que sejam identificadas todas as áreas ocupadas indiscriminadamente, que precisam ser recuperadas e que devem ser preservadas. “O diagnóstico se propõe a subsidiar o planejamento futuro de expansão urbana, evitando que se ocupem áreas de preservação ambiental”, diz Nogueira. O fluxo intenso de carros na avenida Washington Soares em direção ao município de Aquiraz dá uma pista sobre para qual lado a cidade está crescendo. E não é apenas por causas dos investimentos imobiliários que estão sendo feitos por lá. A área é considerada uma das mais adequadas para a expansão urbana por estar em um ambiente com pouca vulnerabilidade. “A região está localizada em um tabuleiro de ambientes estáveis, sem problemas de ocupação”, aponta o geógrafo Marcos Nogueira. A aposentada Maria da Paz Barbosa, 66, mora há quase 20 anos na região Sul de Fortaleza e acompanhou de perto a ocupação urbana no local. “Quando cheguei era só mato. Não tinha energia, calçamento e transporte público. Em menos de dez anos a situação mudou radicalmente”, analisa. A assistente administrativa Simone Cabral, 25, percebeu a valorização da área e comemora o crescimento nas vendas da loja de móveis. O arquiteto Marcelo Saraiva alerta que além conhecimento prévio sobre o espaço, a expansão deve estar aliada a um programa de infraestrutura. “Se houver um incremento forte na região sem a presença de um saneamento ambiental, a área deixa de ser medianamente estável e passa a ser instável”, diz Saraiva. EMAIS - As ocupações irregulares em dunas, fundos de vales e planícies ribeirinhas, manguezais, áreas lacustres e de inundações sazonais são as mais preocupantes. - Fortaleza está ocupada em um grande tabuleiro, com maior concentração entre os rios Ceará e Cocó. - Tabuleiro é a forma topográfica do terreno que se assemelha a baixos planaltos, terminando geralmente de forma abrupta. - O último inventário ambiental foi realizado em 2003 e verificou apenas os recursos hídricos e a orla marítima de Fortaleza.

SAIBA MAIS

Áreas frágeis - ambientes fortemente instáveis - faixa de praia e terraços marinhos, planícies fluvio-marinhas, dunas móveis e fixas, planícies fluviais e lacustre, áreas de inundação sazonal.

Áreas medianamnete frágeis - ambientes de transição - setores mais abrigados das planícies lacustres e fluviais, dunas fixas, áreas de inundação sazonal.

Áreas medianamente estáveis - ambientes estáveis - tabuleiros pré-litoraneos e faixa de transição de tabuleiros -depressão sertaneja.

Fonte: Diagnóstico Geoambiental do Município de Fortaleza