terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A professora Andrea Almeida Cavalcante, do Curso de Geografia da FAFIDAM, está selecionando bolsista para o Projeto de Iniciação Científica intitulado “O Rio Jaguaribe e as Passagens Molhadas no Semiárido Cearense: Interferências na Dinâmica Fluvial e Socioambiental”.

Período de vigência: março a julho de 2014
Valor da bolsa: R$ 200,00
Inscrições: 21 a 28 de janeiro de 2014.
Local: Recepção
Seleção: 30 de janeiro de 2014 às 19h, no LAGEO

DEMAIS INFORMAÇÕES 

PROJETO: “O Rio Jaguaribe e as Passagens Molhadas no Semiárido Cearense: Interferências na Dinâmica Fluvial e Socioambiental”. 

Orientadora: Profa. Andrea Cavalcante

Período de vigência: mar – jul/2014 

Inscrições: 21 a 28 de janeiro de 2014 – na recepção.

Seleção: 30 de janeiro de 2014 às 19h, LAGEO 

Documentos para inscrição: 

 CÓPIA DE RG E CPF 

 COMPROVANTE DE MATRÍCULA 

 HISTÓRICO ESCOLAR ATUALIZADO 

 CURRÍCULO LATTES (http://lattes.cnpq.br/) 

Requisitos, compromissos e direitos do bolsista: 

a) Ser aluno (a) regularmente matriculado (a) em curso de graduação da UECE e possuir Curriculum vitae atualizado na Plataforma Lattes;

b) Não possuir, no período de vigência, vínculo empregatício ou qualquer outra modalidade de bolsa e dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa;

c) Dedicar-se 12 horas semanais ao projeto de IC;

d) Participar da Semana Universitária da UECE que se realiza anualmente, apresentando sua produção científica, sob a forma de pôster, resumo e/ou painel;

e) Fazer referência à sua condição de bolsista do IC/UECE, indicando o órgão financiador nas publicações e trabalhos apresentados oriundos do projeto de pesquisa;

 f) Devolver à UECE, em valores atualizados, a (s) mensalidade (s) recebida (s) indevidamente, caso os requisitos e compromissos estabelecidos nesta Chamada não sejam cumpridos;

g) Enviar, quando solicitado pelo NUPq/UECE, o relatório contendo os resultados da pesquisa.

Drones de baixo custo abrem novas possibilidades para pesquisas de Geografia

Tem menos de um quilo e menos de um metro da ponta da uma asa à outra – e é com este pequeno avião não tripulado, ou drone, que um grupo de investigadores portugueses pretende dar um salto na obtenção de dados na Antárctida. Para tal, o Grupo Polar da Universidade de Lisboa lançou uma campanha de crowdfunding, ou financiamento colaborativo: até ao final deste mês, quem quiser pode contribuir para os 20 mil euros que custa odrone. Caso não se atinja esse valor, o dinheiro será devolvido.
Porquê um drone? Para que possam fazer-se levantamentos fotográficos e do relevo com grande resolução, em áreas extensas na Antárctica, em particular na Península Antárctica, uma enorme língua de terra que sai do grande continente branco e onde os cientistas portugueses têm concentrado a sua atenção. “Nas regiões em que trabalhamos não há levantamentos topográficos adequados e é extremamente caro e difícil voar com helicópteros para efectuar fotografia aérea”, diz a equipa na página em que apresenta o projecto para crowdfunding. “As restrições orçamentais recentes têm limitado muito a nossa capacidade de adquirir um veículo aéreo não tripulado”, acrescenta-se.

“Ter financiamento para este projecto seria uma lufada de ar fresco para a nossa investigação. Este tipo de ferramenta, que acaba de surgir a preços relativamente acessíveis, proporciona dados de enorme qualidade...dados de sonho para quem estuda a geografia física das regiões polares”, acrescenta no mesmo site o geógrafo Gonçalo Vieira, um dos coordenados do Grupo Polar da Universidade de Lisboa. “Infelizmente, o timing dos concursos a financiamento científico iria atrasar este projecto em pelo menos dois anos, além de que o acesso a este tipo de verbas está cada vez mais complicado por estas bandas.”
pequeno aparelho poderá voar durante 45 minutos e a resolução das suas imagens, obtidas por câmara óptica e uma câmara de infravermelhos, será alta, entre dez a 20 centímetros. “Tem incorporado um software  que permite fazer modelos digitais do terreno – mapas tridimensionais – que não existem em alta resolução para aquela área”, diz ainda Gonçalo Vieira. (A equipa tem usado um “drone” barato, de cerca de 1500 euros, mas só voa durante dez minutos, tem limitações na carga que pode levar e a resolução é de 10 a 30 centímetros). O novo drone é capaz de cobrir áreas mais amplas, podendo fazer dez quilómetros quadrados num único voo.
Os dados recolhidos permitirão discriminar os tipos de cobertura do solo (como neve ou rochas), os diferentes tipos de vegetações (líquenes ou musgos) ou outras mudanças que ocorreram na superfície, como o movimento dos calhaus no interior do solo para a superfície devido aos ciclos de gelo-degelo e que deixam estrias no solo. Com todo este tipo de informação, a equipa pode monitorizar o que está a acontecer na Antárctida, mais precisamente ao solo que se mantém congelado durante pelo menos dois anos, ou permafrost, e que em última análise é importante para o estudo das alterações climáticas.
A Península Antárctica está a aquecer depressa: desde 1950, a temperatura média anual do ar subiu 2,5 graus Celsius. Por isso, o permafrost aproxima-se de uma situação crítica na região e, caso a temperatura atmosférica continue a subir, pode sofrer mudanças drásticas. Até há uma década nada se sabia sobre o solo congelado. Criou-se entretanto uma rede mundial de monitorização e os dados recolhidos pela equipa de Gonçalo Vieira em várias ilhas da Península Antárctica, que contribuem para essa rede, têm denotado uma tendência para o aquecimento, essencialmente no Verão, nos primeiros metros do solo, a camada que se funde e volta a ficar congelada no Inverno e abaixo da qual permanece o permafrost.
drone não detectará directamente o permafrost, mas dará indicações nesse sentido. “A identificação de diferente vegetação e formas do relevo são indicadores, ou não, da presença de solo congelado em profundidade”, explica Gonçalo Vieira. Por exemplo, os tapetes de musgo surgem na Antárctida onde há mais humidade perto da superfície do solo. E os neveiros, as manchas de neve que costumam manter-se de ano para ano ou derreter mais tarde no Verão, têm um papel importante na distribuição dopermafrost, protegendo-o do aquecimento no Verão e mantendo-o mais frio.
Todo este tipo de informação permitirá traçar a evolução de uma paisagem marcada pelas alterações climáticas e pelo degelo. Mais: a partir de uma série de observações pontuais feitas no terreno, por exemplo em perfurações no solo onde a equipa de Gonçalo Vieira tem deixado termómetros, os modelos digitais 3D permitirão extrapolar essa informação pontual para áreas mais amplas. “Os modelos digitais do terreno permitem fazer extrapolações para áreas em que não há dados de observação directa e perceber o que se passa numa região”, diz o investigador, acrescentando que também podem construir-se cenários futuros com uma série de parâmetros, incluindo por exemplo o aumento da temperatura do ar.
Um postal da Antárctida
Se a equipa conseguir comprar o drone (até esta segunda-feira de manhã tinha recolhido cerca de 500 euros), os primeiros testes ao aparelho realizar-se-ão entre meados de Fevereiro e Março, durante a campanha deste ano à Antárctida, já está em curso. Neste caso, os testes serão na ilha do Rei Jorge, arquipélago das Shetland do Sul, junto à Península Antárctica. E em 2015, além do Rei Jorge, o drone voaria nas ilhas de Livingston e Deception, também nas Shetland do Sul.

Ainda no campo das imagens, a campanha deste ano inclui o voo num helicóptero brasileiro de uma câmara com 200 bandas espectrais — depois de tentativas falhadas nos dois anos anteriores —, o que permitirá uma análise fina da paisagem, ainda que com resolução limitada.

O Diário da Campanha deste ano, que inclui 20 cientistas portugueses e estrangeiros de sete projectos e tem um financiamento de cerca de 100 mil euros, pode ser acompanhado na página do Programa Polar Português. Além do permafrost e da cartografia de alta resolução, irá estudar-se, por exemplo, o clima nos últimos sete mil anos, os poluentes que chegam até tão longe ou os polvos e as lulas que alimentam pinguins e albatrozes e como isso é afectado pelas alterações climáticas. E, tal como nos últimos dois anos, Portugal contribui para o esforço colectivo de investigação da Antárctida com o aluguer de um avião que voará para a ilha do Rei Jorge no final de Fevereiro, para levar e trazer cientistas dos programas antárcticos de Portugal e de outros países.
E se houver drone, será daAntárctida que os cientistas enviarão um postal a quem tenha contribuído com pelo menos 25 euros.
Fonte: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/cientistas-portugueses-querem-comprar-um-drone-para-usar-na-antarctida-e-pedem-a-ajuda-de-todos-1618584#/1


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Governo e Grevistas chegam a um acordo para por fim a greve.

COMUNICADO DO COMANDO DE GREVE DA UECE, UVA E URCA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA E À SOCIEDADE 

Reunidos hoje, dia 13 de janeiro de 2014, na Sede do Metrofor, o Comando de Greve dos Professores 
e Estudantes das Universidades Estaduais e o Governador Cid Gomes chegaram a um entendimento acerca dos pontos emergenciais da pauta da greve que se desenvolve nas 3 instituições. 
Os pontos de entendimento serão objeto de acordo formal entre o Governo e o Comando de Greve tão logo o movimento paredista seja suspenso, o que será discutido nas próximas assembleias da SINDUECE, SINDIUVA e SINDURCA, como também nas assembleias do movimento estudantil. 

Os itens do entendimento são os que se seguem: 

1. Regulamentação do PCCV dos docentes: os decretos relativos à regulamentação serão publicados até 31 de janeiro, enquanto os projetos de lei serão enviados à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (ALCE) até o dia 10 de fevereiro. O presidente da ALCE, deputado José Albuquerque, presente na reunião, se comprometeu a fazer tramitar os projetos de lei o mais rápido que o Regimento da Casa permita; 

2. Assistência Estudantil: ficou reafirmado acréscimo de R$ 10 milhões para este setor em cada uma das universidades, disponíveis a partir de 27 de janeiro, com possibilidade de ampliação destes recursos em caso de nova captação de novos fundos pelo Estado; 

3. Sobre Concurso para professor: ficou acertada a convocação de concurso para professor no semestre de 2014.1, com editais a serem lançados tão logo o número e a destinação das vagas sejam definidos em seminários a serem realizados nas três universidades. Ficou ainda assumido o compromisso de acelerar o procedimento de forma a se completar o processo de admissão antes dos prazos de proibição constantes na Lei Eleitoral. Na URCA, no caso dos cursos paralisados por falta de professor, o Governo se comprometeu a buscar uma solução imediata, em discussão com a Administração desta universidade; 

4. Demandas da FACEDI-UECE em Itapipoca: ficou estabelecido que será realizada uma ampliação do prédio que triplicará a atual estrutura da FACEDI, prevista a climatização, bem como a ampliação imediata de um novo curso, aberta a possibilidade de outros conforme as conclusões dos citados seminários. 

Ao final da reunião ficou decidido ainda que já na próxima sexta-feira, dia 17, será constituído o grupo de trabalho para viabilizar os seminários, cujas datas foram fixadas da seguinte forma: na UVA, nos dias 3 e 4 de fevereiro, na URCA, nos dias 10 e 11 de fevereiro e na UECE, nos dias 17 e 18 de fevereiro. No dia 17 de janeiro, em caso de suspensão do movimento, será assinado um termo expressivo do entendimento acima. 

O Comando de Greve considera que os elementos supracitados constituem uma vitória maiúscula do movimento paredista de professores, servidores e estudantes que, mais uma vez, como em 2005-2008, aparecem no contexto universitário como o agente mais bem sucedido na conquista de melhorias estruturais para nossas instituições. 

A luta vale a pena, só a luta traz conquistas reais e duradouras. Avante para novas vitórias! 

Fortaleza-Ce, 13 de janeiro de 2014

LANÇAMENTO

A reconfiguração do mercado de trabalho em tempos de acumulação flexível e os desafios para os jovens constituem questão central que une os vários autores desta instigante coletânea de artigos. Em vários deles, a inserção juvenil na vida ativa e suas trajetórias ocupacionais dialogam com a educação, com a formação profissional e com políticas públicas. Vale a pena compartilhar tais preocupações com estes estudiosos.

Tânia Bacelar de Araújo
Professora da UFPE


Disponível em http://www.sineidt.org.br/Publicacoes/Livros.aspx

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

POR QUE A GREVE DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS CONTINUA?

Ao povo cearense, às comunidades das universidades estaduais cearenses, ao governador Cid Gomes!

As assembleias de professores realizadas na UECE, URCA e UVA no dia 18 de dezembro decidiram pela continuidade da greve nas três instituições, sendo acompanhadas pelos estudantes. Por que resolvemos manter a greve nas três estaduais?

No dia 9 de dezembro, o governador Cid Gomes nos recebeu em reunião informal no Marina Park Hotel e, na conversa, pronunciou-se positivamente sobre três dos cinco pontos que compõem a pauta prioritária do movimento grevista: a regulamentação do PCCV do segmento docente, a elevação das tabelas vencimentais dos servidores técnico-administrativos e a destinação de 10 milhões de reais para complementar a assistência estudantil em cada uma das universidades. Sobre a carência de 789 professores, o governador não apresentou nenhuma proposta de concurso, prometendo discutir o problema num seminário a ser realizado nas três universidades na condição de encerramento da greve. Cid Gomes negou a cessão do prédio que seria da FATEC à Faculdade de Educação de Itapipoca (FACEDI), acenando para a possibilidade de verba para reforma e expansão desta faculdade com a criação de novos cursos de graduação.

Avaliamos que os acenos do governador representam avanço, mesmo sem o anúncio do percentual de reajuste dos vencimentos dos técnico-administrativos e em face da flagrante insuficiência da verba para assistência estudantil na UECE que tem o dobro de alunos das outras duas universidades. Consideramos, entretanto, grave obstáculo a indisposição do governador para realizar concurso docente e o não atendimento do pleito da comunidade da FACEDI.

Em face disso, reelaboramos a pauta de reivindicações, identificando os pontos emergenciais, que se atendidos poriam fim à greve, e enviamos os demais para negociação posterior. Constam da pauta emergencial: 1º) regulamentação imediata do PCCV dos docentes (há acordo do governador); 2º) reestruturação da tabela salarial dos técnico-administrativos conforme proposta da categoria (o governador não se pronunciou sobre o percentual); 3º) destinação, em 2014, de verba para complementar a assistência estudantil no valor de 10 milhões para UVA, 10 milhões para URCA e 20 milhões para UECE (o governador falou em 10 milhões para cada uma); 4º) realização de certame para suprir a carência de professores, sendo um emergencial para 450 vagas e outro para 339 vagas a ser planejado no processo de negociação (o governador se nega a realizar concurso); 5º) na impossibilidade de cessão do novo prédio à FACEDI, destinação de 15 milhões de reais para reforma e expansão da estrutura atual e a criação de novos cursos de graduação (o governador acenou com a possibilidade, mas não precisou o valor financeiro e referiu-se à criação de apenas um novo curso quando a demanda local é superior).

Recorremos ao presidente e vice-presidente da Assembleia Legislativa e a outros deputados para que entregassem a pauta emergencial ao governador e solicitassem dele um posicionamento sobre a mesma, conforme acordo selado anteriormente em “Carta-Compromisso” assinada pelos referidos deputados como condição para a retirada dos mais de 70 grevistas que acamparam no hall do Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa entre os dias 27 de novembro e 6 de dezembro. Na data marcada para a resposta, 16 de dezembro, os deputados não apresentaram nenhum posicionamento do governador, o que representou claro retrocesso dos compromissos assumidos até ali, não deixando outra opção para o movimento senão deliberar pela continuidade da greve nas assembleias do dia 18.

Os sindicatos e o movimento estudantil dão mostras de flexibilidade e disposição para o diálogo, inclusive se dispondo a remeter pontos essenciais de nossa pauta, como a discussão da lei de autonomia universitária, para o seminário proposto pelo governo. Não podemos, contudo, suspender nosso movimento sem termos segurança de que pelo menos os pontos emergenciais serão atendidos.

Agora, a bola está com o governador Cid Gomes, como se diz popularmente, e o fim do impasse depende exclusivamente do singelo gesto, que é um princípio elementar da democracia: que o governante negocie com cidadãos em luta por direitos. A nossa luta é por melhoria das universidades estaduais e a pauta emergencial contempla apenas itens essenciais ao funcionamento destas instituições, que são patrimônio do povo cearense.

A palavra está com sua Excia., o Governador Cid Gomes.

Fortaleza, 06 de janeiro de 2014.
Sinduece, Regional NE I do ANDES-SN e Movimento Estudantil da UECE

Nota de personalidades nacionais e internacionais no DN pede que Cid negocie com grevistas


Greve das universidades estaduais pode prejudicar recuperação de ano | O POVO

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