sexta-feira, 10 de julho de 2009

Metralhas voltam a pilhar UECE no Campus do Itaperi


Gabriela Meneses - O POVO 04 Ago 2009
Insegurança

Mais um laboratório na Universidade Estadual do Ceará (Uece) é arrombado. É o terceiro caso registrado somente este ano. A pró-reitoria de Administração reconhece a falha na segurança do local e anuncia a instalação de câmeras de vigilância.


O Laboratório de Biofísica do Mestrado em Ciências Físicas Aplicadas da Universidade Estadual do Ceará (Uece), no Campus do Itaperi, amanheceu, ontem, arrombado. Só este ano, dois laboratórios foram invadidos por bandidos na universidade. Os ladrões levaram computadores, impressoras e equipamentos utilizados nas pesquisas, como uma balança de precisão, um par de rádio comunicador e uma caixa de ferramentas. Segundo o coordenador do laboratório, professor Sales Ávila, os prejuízos em dinheiro ainda não foram calculados. Mas, ele aponta o atraso nas pesquisas como um dos maiores danos. Os ladrões levaram ainda, entre os computadores, a CPU do simulador solar do laboratório, equipamento de alto custo que auxilia nas pesquisas sobre energia solar. De acordo com o professor Sales Ávila, os bandidos conseguiram entrar no prédio, provavelmente, por uma pequena janela de vidro, que fica no fim do corredor. Na manhã de ontem, quando os pesquisadores chegaram no local, encontraram a janela sem a grade de proteção e a parede cheia de marcas de pés. Para Sales Ávila, a falta de segurança facilitou a ação dos bandidos. "Aqui não tem segurança nem de dia e nem à noite", denuncia. O laboratório é um dos mais afastados da entrada do campus. O coordenador do Mestrado em Ciências Físicas Aplicadas, Alfredo Serejo, reclama a falta de segurança, principalmente à noite. O pró-reitor de Administração da Uece, Luiz Carlos Dodt, admite que o arrombamento foi facilitado pela falha na segurança do local. "O laboratório era o único lugar no campus que ainda estava sem vigilância", revela. Ele afirmou que a segurança foi reforçada no local. Além disso, policiais do 5º Distrito Policial e do Ronda do Quarteirão reforçam a segurança no entorno do campus. Dodt diz ainda que hoje a universidade deve receber o projeto de implantação de câmeras de vigilância e alarmes na entrada do campus e nos blocos.
E-MAIS
>Dois arrombamentos e um assalto ocorreram na Uece em dois meses. Dia 11 de maio, o laboratório da Faculdade de Veterinária amanheceu arrombado. Os ladrões fugiram levando computadores, câmeras, entre outros objetos.
> No dia seis de julho, um professor foi assaltado dentro da sala de aula, no bloco P, um dos mais distantes da entrada.
> Em nove de julho, o laboratório do curso de Nutrição foi arrombado à tarde. Notebooks, pen drives e CPUs foram levados.

Falta de professores prejudica universitários da FAFIDAM


Apesar de obrigatório, disciplina de Libras deixa de ser ofertada pela falta de profissionais capacitados (Foto: Melquíades Júnior )
Déficit de professores prejudica atividades das instituições de ensino.
Limoeiro do Norte. A um passo da graduação, estudantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) não conseguem concluir a faculdade pela falta de professor de Língua Brasileira de Sinais (Libras), disciplina obrigatória nos cursos de licenciatura desde 2006. Vários alunos já concluíram até a monografia de fim de curso, mas a falta de professor impede a diplomação, o registro profissional e compromete o ingresso no mercado de trabalho dos quase formados. A situação é mais crítica na Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam), em Limoeiro, a primeira a apresentar a demanda. A Pró-Reitoria de Graduação da Uece, em Fortaleza, reconhece que falta efetivo de 209 professores, para diversos cursos de graduação em todo o Ceará.E quando não é a carência de docentes na área, é a falta de suporte que obriga os profissionais de Fortaleza a se negarem a ensinar no Interior. Com um baixo salário e tendo que arcar com as despesas de transporte, alimentação e hospedagem, professores sentem-se desestimulados a migrar para o Interior para lecionar apenas uma disciplina. Esse seria um dos motivos pelos quais a Fafidam ainda reclama um professor de Libras. “Faz muito tempo que estamos pedindo uma solução à Uece, até já acionamos o Ministério Público. Estou no 11º semestre, fiz a monografia, já atuo como professora e não tenho minha carteira assinada porque não tenho diploma”, afirma a concludente de Letras Ilnar Maia.A grade curricular de 2006 da Uece atende determinação do Ministério da Educação, que por meio do decreto nº 5626, de 22 de dezembro de 2005, inseriu a Libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas de todo o País. O problema é que o Ceará carece de profissionais para ensinar Libras nas universidades – somente em 2006 o Brasil teve o primeiro curso de licenciatura em Letras, criado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da qual é parceira a Universidade Federal do Ceará (UFC), que ministra o curso na modalidade à distância.A estudante de Letras Eridene Bezerra, de 24 anos, cursou tudo, menos a disciplina de Libras. “Fizeram-nos mudar da grade curricular antiga para a nova, de 2006, que já incluía Libras, mas não estamos conseguindo terminar. Foi oferecida a disciplina, mas não havia professor e estamos emperrados na burocracia”, reclama. A coordenação do curso de Letras acionou a Pró-Reitoria de Graduação da Uece, em Fortaleza. De acordo com o coordenador Lailton Duarte, a direção e a coordenação do curso em Limoeiro já fizeram o pedido. “Agora depende de lá”, referindo-se à reitoria em Fortaleza.DeficiênciasA falta de professores para a disciplina de Libras é somente um dos vários capítulos enfrentados pelos estudantes da Uece, que nos últimos anos passaram por quatro greves e ainda sofrem o dilema de poucas disciplinas ofertadas por semestre, devido à falta de docentes. De acordo com o coordenador do curso de Letras da Fafidam, Lailton Duarte, 27 disciplinas deixaram de ser ofertadas no último semestre porque faltam professores. Outra situação foi a mudança de grade, que separou Letras com habilitação em Inglês ou Português. A estudante Wanna Carla, que enviou a sugestão de pauta para o Alô Redação, do Diário do Nordeste, perdeu todas as cadeiras de inglês cursadas ao ter que optar, no meio do caminho, entre uma das habilitações.A pró-reitora Lineuda da Costa reconheceu o problema. “Estamos aguardando a reedição do edital de seleção para professores substitutos (publicado inicialmente em maio), pois não teve candidatos interessados para Limoeiro do Norte (Fafidam), Crateús (FAEC) e Tauá (Cecitec). Mas já tem dois aprovados , um para Iguatu e o selecionado para Quixadá, que não será lotado no momento, estamos tentando transferir para Limoeiro do Norte no próximo semestre letivo”.

Melquíades Júnior Colaborador do Regional DN.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

ESTUDANTES PRESSIONAM GOVERNADOR POR MELHORIAS NA UECE.


O governador Cid Gomes participou nesta sexta-feira (03/07) da inauguração da nova biblioteca do campus do Itaperi. Na ocasião, servidores, professores e um grande número de alunos fizeram o governador quebrar o protocolo e comparecer a um debate no auditório central. Durante o debate, os alunos exigiram do governador providências para a falta de professores, bem como servidores técnico-administrativos, além de melhoria da infra-estrutura física e educacional da universidade. Cid reafirmou seu compromisso com a melhoria do ensino superior no Estado e garantiu a compra de seis novos ônibus para transporte de alunos. Sobre o Restaurante Universitário (RU) informou que será inaugurado em outubro deste ano, junto com o novo Hospital Veterinário. Quanto a falta de professores, Cid ressaltou que a Universidade está autorizada a substituir com professores efetivos todas as vagas de professores abertas.
Parabéns aos estudantes que conseguiram se mobilizar e cobrar a garantia do pleno funcionamento da Universidade pública. Parabéns também ao Governador que não se furtou ao debate, falha comum em seus antecesores.