terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Injustiça Territorial: Estudantes e professores voltam a ocupar a reitoria da UECE

A má distribuição nas vagas de professores para a capital e no interior leva estudantes e professores a ocuparem novamente a reitoria da universidade na tarde desta segunda-feira (26).

O governador irá se reunir às 14h com o reitor e com os diretores dos centros da Capital e do interior, para discutir a redistribuição dessas vagas.

Após a suspensão da greve da Universidade Estadual do Ceará (Uece) em 9 de janeiro de 2015, a  distribuição nas vagas deprofessores para a capital e no interior levou estudantes e professores a ocuparemnovamente a reitoria da universidade desde a tarde desta segunda-feira (26). O governadorCamilo Santana irá se reunir às 14h com o reitor e com os diretores dos centros da Capital e do interior, para discutir aredistribuição dessas vagas.
A demanda emergencial da Uece por professor é de 163, mas o governo autorizou apenas 113 vagas (mais 7 vagas para o curso novo de Itapipoca, totalizando 120 vagas) para a primeira etapa do concurso (2015). Isso representou uma diminuição de 30% em relação à necessidade emergencial. Diante disso, a reitoria da Uece utilizou como critério estabelecer um corte linear de 30% para todos os centros/faculdade da Uece. Isso gerou um grande desconforto e indignação, sobretudo nas faculdades onde a carência de professores é extremante elevada. ''Hoje existem vários cursos bem abaixo de um mínimo necessário para o normal funcionamento de um curso de graduação.'' Explica o prefessor Célio Coutinho.
Na faculdade de Quixadá (FECLESC) funcionam 8 cursos de graduação e a reitoria está disponibilizando apenas 2 novas vagas, já na de Iguatu (FECLI), funcionam 5 cursos de graduação e foi disponibilizado apenas 10 vagas. Se esse problema não for resolvido ovestibular para vários cursos nessas regiões terá que ser cancelado.
O sindicato ao término da greve sugeriu à reitoria da universidade como principal critério o preenchimento prioritariamente das vagas dos cursos que se encontram em colapso por falta de professor e que por consequência tiveram que deflagrar a greve em 2013/2014/2015. A reitoria não aceitou a sugestão do sindicato. Foram realizadas cinco reuniões e a reitoria não declinou de seu método equivocado de distribuição de vagas na Uece e os problemas não foram solucionados. Afirma Célio.
Ainda de acordo com o professor,''diante dessa intransigência e insensibilidade da reitoria, há 17 dias, professores e estudantes dessas 2 faculdades, com o apoio da SINDUECE e do movimento estudantil, decidiram ocupar o gabinete do Reitor da Uece, no campus do Itaperi, como ato de protesto e reivindicam a redistribuição urgente das vagas. Essas 2 faculdades estão reivindicando apenas um acréscimo de mais 21 professores efetivos para o interior, em carater emergencial, para não permanecer em colapso por falta de professor.''

Fonte: Diário do Nordeste 27/01/2015

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Teor autoritário faz Reitoria da UECE voltar atrás em Portaria.

Portaria proíbe abrigo e alimentação de animais

16.01.2015

Documento assinado pelo reitor da Uece causou polêmica por citar punições no caso de descumprimento

Image-0-Artigo-1779265-1

A Reitoria alega como preocupações a alta taxa de abandono de animais no campus e o crescimento desordenado da população dos bichos

Foto: José Leomar

Uma portaria publicada na última terça-feira pelo reitor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), José Jackson Coelho Sampaio, causou controvérsia entre estudantes, funcionários e outras pessoas nas redes sociais. O gestor da Uece decidiu proibir o abrigo, a permanência consentida e a alimentação de animais no interior dos ambientes de estudo e trabalho de uso individual e coletivo.

O documento determina ainda que tanto os servidores quanto os estudantes que não cumprirem as regras vão receber uma notificação no registro funcional e, no caso de reincidência, serão passíveis de punições regimentais, sem prejuízo das demais sanções de natureza penal, cível, administrativa ou trabalhista.

O conteúdo da portaria foi motivo de revolta nas diversas redes sociais. Perfis de alunos e servidores no Facebook reclamaram da medida punitiva a pessoas que procuram alimentar os gatos e cachorros que habitam os 104 hectares de extensão do Campus do Itaperi.

Em face dos comentários negativos, a Reitoria da Uece lançou, no fim da tarde de ontem, nota de esclarecimento sobre as necessidades de saúde e de controle da população de cães e gatos no ambiente acadêmico.

A administração da universidade expõe que os debates em relação à presença dos animais acontecem há muito tempo, de modo recorrente, e os diagnósticos costumam mapear os mesmos problemas. O primeiro deles seria a alta taxa de abandono dos animais por moradores do entorno das dependências do local. O crescimento desordenado da população de animais seria outra preocupação.

Além disso, há também a má distribuição de alimentos aos gatos realizadas pelas pessoas que, muitas vezes, colocam restos de comida diretamente no chão, em qualquer lugar; o aumento dos riscos dos humanos de contraírem zoonoses e, por fim, a convivência conflituosa entre os animais e pessoas alérgicas nos ambientes de estudo, pesquisa e trabalho.

Solução

Pensando nisso, a Universidade coloca que a direção da Faculdade de Veterinária (Favet) se dispôs a elaborar um projeto de enfrentamento do problema em sua complexidade, a partir da perspectiva preventiva e educacional. Ressalta ainda que a convivência das pessoas com os animais deve ser voluntária e consentida, e não imposta pelo interesse de alguns, fato que motivou muitas queixas na Ouvidoria da Uece durante o segundo semestre de 2014. A instituição relata casos de servidores que foram mordidos por cães e gatos, além da reclamação de mau cheiro por parte de visitantes.

A nota informa ainda uma série de ações imediatas na tentativa de resolver a situação, como colocar placas no campus com informações da legislação que tipifica o abandono de animais como crime, determinar que não se acolha e alimente cães e gatos em ambientes de estudo e trabalho, implantar ilhas de alimentação dos animais em locais estratégicos e com ração adequada, criar programas de educação em saúde animal e programas de vacinação, castração e cuidados clínicos, além da instauração de uma comissão coordenada pela Favet para monitoramento das atividades.

Mudanças

A professora da Faculdade de Veterinária Adriana Pinho Pessoa esclarece que, antes de assinar a portaria, o reitor da Uece solicitou que docentes da Favet analisassem o conteúdo. Entretanto, as mudanças sugeridas não chegaram ao conhecimento de José Jackson, que acabou assinando a primeira versão da portaria, que foi publicada.

"Em reunião com ele após as reclamações, apresentei as propostas de alteração e ele imediatamente acatou. As penalidades previstas na portaria são previstas no caso de desrespeito a qualquer outra norma da Universidade, mas como foi colocada no conteúdo da portaria, tomou um sentido muito pesado, o que não é a intenção", conta Adriana.

Ela acrescenta ainda que, em dezembro do ano passado, a Favet apresentou o projeto de convivência com os animais, que foi aprovado pela alta administração da Uece. Ressalta que os animais poderão continuar a ser alimentados, mas em outras partes do campus mais apropriadas. "O propósito não é punir. O nosso projeto tem um caráter educativo. Queremos mudar o perfil das pessoas que alimentam esses animais, para evitar maiores problemas", conclui.

Ranniery Melo
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste.

 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Agora vai! Governador promete criar 249 vagas para professores

Governador promete criar 249 vagas para professores | O POVO

Governo anuncia concurso para professor efetivo nas universidades estaduais

Anúncio atende a reivindicações de profissionais da Uece, da Urca e da UVA, que estão paralisados há mais mais de 100 dias

 
Na tentativa de por  fim à greve que já dura mais de 100 dias, o Governo do Estado autorizou a abertura de concurso para docentes da Universidade Estadual do Ceará (Uece), da Universidade Regional do Cariri (Urca) e da Universidade Vale do Acaraú (UVA).  A medida, anunciada nesta terça-feira (6), na primeira reunião entre os profissionais  e o governador Camilo Santana, atende a parte das demandas da categoria, paralisada desde setembro do ano passado. 
A proposta apresentada pelo Governo inclui a realização imediata de um certame com 249 vagas para professores, além de outras 192 para servidores técnico-administrativos. Em caráter emergencial, as reitorias das universidades obtiveram permissão para elaborar o edital dos concursos. A demanda por novos postos  é uma das principais reivindicações dos profissionais. 
Durante a audiência, Camilo também se comprometeu a regulamentar o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos profissionais e aprovar  a lei que regulamenta a classe de professor associado. 

Paralisação

Apesar do avanço nas negociações, as iniciativas da gestão ainda não garantiram o retorno das atividades nas três instituições. Conforme Célio Coutinho, presidente do Sindicato de Docentes da Uece (SindUece), a categoria promoverá assembleia na próxima sexta-feira (9) para decidir os rumos da paralisação. 
Também está marcada uma reunião no próximo dia 14 com o titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), Inácio Arruda, para discutir o restante das demandas dos professores, como a aprovação da lei que trata da autonomia de gestão financeira e acadêmica para as instituições, e a licitação do projeto de criação do curso de Ciência Sociais na Faculdade de Itapipoca. 
A greve dos professores da Uece, Urca e UVA foi deflagrada no dia 17 de setembro do ano passado.

Fonte: DN 06/01/2015

Camilo Santana se reúne com professores das universidades estaduais

Ex-aluna da FAFIDAM pode assumir reitoria da UNILAB

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1571140-estudantes-pressionam-pela-nomeacao-de-professora-trans-como-reitora-no-ce.shtml