segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Governador sinaliza atendimento da pauta das universidades

Nota final da reunião com CID GOMES

29/09/2014

Como divulgado na última quinta-feira, na manifestação Já Temos Caneta, as entidades que constituem o Comando de Greve Unificado se entrevistaram hoje, 27 de setembro, com o Governador Cid Gomes na Arena Castelão.
As entidades caracterizam o momento como uma negociação em andamento, que obteve avanços, mas ainda não chegou ao seu desenlace. Por isso é preciso manter nossa organização e mobilização, ampliando o apoio nas instituições e na sociedade.
Por outro lado, nenhuma decisão sobre os rumos da greve será tomada fora do fórum competente para tanto, as assembleias gerais dos docentes e dos estudantes.
Dito isto, informamos que as tratativas em curso chegaram, até agora, ao seguinte ponto:
1) Classe de Professor Associado: este último ponto das regulamentações do PCCV será objeto de Mensagem Governamental a ser enviada a Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE) no próximo dia 06 de outubro, semana na qual a Casa retomará seu funcionamento normal;
2) Prédio da FACEDI/UECE: Governador autorizou (com assinatura no documento da SINDUECE que trata do projeto) a imediata licitação do projeto de reforma e ampliação da Faculdade, no valor de R$ 11 milhões, para, logo em seguida, integrar a obra no Monitoramento de Ações e Programas Prioritários (MAPP). Em relação ao novo curso de graduação as vagas serão definidas juntamente com o novo concurso. A partir de 2ª feira, 29 de setembro, serão retomados os trabalhos em nível de SECITECE e DAE (Departamento de Arquitetura e Engenharia do Governo do Estado) para os devidos trâmites do projeto.
3) Nomeação dos 26 concursados da URCA e 06 concursados da UVA: nomeação ficou acertada para terça-feira, dia 30 de setembro. Além da liberação de todos os processos relativos a estágios probatórios, afastamentos para pós-graduação etc.
4) Recomposição da verba de custeio da UVA: foi assumido o compromisso por parte do Governo em ampliar para 2015 o orçamento de custeio em mais 1/3 da diferença entre os valores atuais que a URCA e a UVA recebem.
5) Concurso para Professor Efetivo: a reunião chegou a uma base de cálculo das carências. A aplicação desse critério será feita em reunião na próxima segunda-feira com a presença dos reitores, dos sindicatos e dos DCEs/ME, no sentido de verificar se o número absoluto obtido cobre de forma significativa a carência de pessoal docente das universidades, asseguradas as normas das universidades que tratam das cargas horárias dos professores e a legislação superior vigente, como a LDB. Se se chegar a um acordo sobre este número, será realizada, provavelmente, na própria segunda-feira, nova reunião com a presença do Governador, no sentido de que ele autorize os editais.
A audiência, em nossa apreciação consensual, foi vitoriosa, mas, como já observado, marca uma etapa inicial do processo negocial que nos esforçamos para concluir no prazo mais breve. A assembleia da SINDUECE fica mantida, em todo caso, para terça-feira, 30 de setembro às 9h; a da SINDURCA, para 01 de outubro e a da SINDIUVA ficou para ser marcada ainda nesta semana. A assembleia dos estudantes da UECE será na terça-feira, 30 de setembro, 17h.
Participantes da reunião:

SINDIUVA
SILVIA HELENA DE LIMA MONTEIRO
LUIZ FERREIRA AGUIAR PONTE
FLÁVIO TELLES MELO
SINDURCA
FRANCISCO AUGUSTO SILVA NOBRE
EMERSON RIBEIRO
FILIPE DANTAS DE SOUSA – CA de FÍSICA da URCA
SINDUECE
ELDA MARIA FREIRE MACIEL
JOSÉ EUDES BAIMA BEZERRA
CÉLIO RIBEIRO COUTINHO – FACEDI
SARA ALMEIDA ORTINS DIAS – DCE da UECE
PEDRO VITOR RAMOS ARAUJO – CA de CIENCIAS SOCIAIS – UECE

Conheça o parecer da Assessoria Jurídica do SINDUECE sobre o Reitor argumentar que o Governador não pode ter nenhuma ação neste período


“​A Lei 9.504/97 estabelece normas para as eleições e dispõe em seus artigos 73 e seguintes as proibições à que se sujeita o agente público em período eleitoral.
Dentre seus artigos, destaca-se:
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
III - ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado;
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança;
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo;
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários;
VI - nos três meses que antecedem o pleito:
a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública; (…)
VIII - fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir do início do prazo estabelecido no art. 7º desta Lei e até a posse dos eleitos. (Desde as convenções partidárias)
É dizer: legalmente não há nada que impeça a realização de concursos públicos, desde que sua nomeação ocorra tão somente após a diplomação dos eleitos. Ademais, no caso específico da URCA, nada impede a nomeação daqueles aprovados em concurso homologado anteriormente ao pleito eleitoral, nos termos do artigo 73, V, “c”.
Analisando, pois o ofício expedido pelo Magnífico Reitor da Universidade Estadual do Ceará, especificamente quanto à questão eleitoral, tem-se:
Quanto ao item 1, o Magnífico Reitor tão somente pontua a existência de verba e o fluxo natural do processo licitatório com verbas já garantidas, cabendo aos docentes a análise concreta da questão política.
Quanto ao item 2, coloca-se a atual situação do orçamento da UECE e a questão das bolsas estudantis, cabendo aos próprios docentes a análise da veracidade de tais informações.
Quanto ao item 3, “a”, de fato o inciso VIII, do artigo 73 acima transcrito veda a revisão geral de remuneração de servidores que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição.
Contudo, os itens “b” e “c” não possuem qualquer restrição e natureza eleitoral, ao menos em princípio. Possível que a PGE alegue falta de limite na Lei de Responsabilidade Fiscal que justifique o não envio do Projeto de Lei com os novos cargos ao Poder Legislativo.
Parece-nos que esta não é uma restrição eleitoral, mas absolutamente política – em época eleitoral, dificilmente aprova-se qualquer coisa na Assembleia Legislativa, onde todos os Deputados estão buscando a reeleição.
Tanto assim parece que o próprio Magnífico Reitor esboça o início do concurso para Novembro de 2014, presumindo que em menos de um mês o projeto de lei será aprovado, o edital lançado e o concurso realizado, o que nos parece improvável.
Ressalte-se que o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal se existente atualmente, perdurará inclusive em data posterior ao pleito eleitoral.
Quanto ao item 4, “a”, “b” e ”c”, não há o que se comentar eis que implantadas as reinvindicações.
Quanto aos itens “d”, “e” e “f”, a questão que se coloca é sempre o impacto financeiro e a proibição eleitoral em torno disto. Dá a entender o Magnífico Reitor que tão logo passe o período eleitoral, o Governo do Estado irá resolver a situação.
Ocorre que os problemas que representam impacto financeiro podem ser de duas naturezas: limites extrapolados pela Lei de Responsabilidade Fiscal ou Restrições Eleitorais.
Quanto às restrições eleitorais – se for este o caso – possível a realização de concurso mesmo em período eleitoral, eis que nenhuma vedação apresente a Lei 9.504/97. Ressalte-se, inclusive, que em sendo precária a situação da UECE, a legislação permite a contratação destes servidores, nos termos da alínea “d”, inciso V, artigo 73.
No mais, todas as restrições eleitorais não poderão jamais ser resolvidas pelo atual governador eis que a legislação restringe sua atuação até a posse dos eleitos.
Se o problema for de ordem fiscal – falta ou limite extrapolado de recursos – igualmente nada poderá fazer o atual governador, eis que seu campo de atuação permanece extremamente reduzido.
Quanto à questão da insalubridade, entendemos inexistir qualquer restrição eleitoral para tanto, eis que direito constitucionalmente garantido dos servidores pendente de regulamentação há mais de 25 (vinte e cinco) anos.
Quanto ao item 5, trata-se de análise política a ser feita pelos próprios docentes da UECE.
Em resumo, defendemos que salvo a revisão geral da remuneração prevista no PCCV, todos os demais pontos poderão sim ser cumpridos pelo atual governador independente do período eleitoral, eis que autorizados pelo artigo 73 da Lei 9.504/97.
O argumento que ainda pode ser considerado é quanto à questão de responsabilidade fiscal.
Ressalte-se que em nenhuma hipótese, o atual Governador – se suas alegações de restrição eleitoral forem verdadeiras – poderá tão logo passe as eleições tomar alguma medida. Ou o atual governo age durante o pleito eleitora (com a permissão legal) ou não age em hipótese alguma, eis que as restrições eleitorais todas elas perduram até a posse dos eleitos.
Sugerimos, então, que o governador forneça por escrito o motivo da negativa da pauta consignando os exatos artigos legais que o impedem de tomar qualquer atitude – para que analisemos também sob a óptica da responsabilidade fiscal e não apenas eleitoral, mesmo sequer tendo cogitado tal hipótese o Magnífico Reitor.
Este nosso parecer, s.m.j,”​
Dr.Igor Maciel – Advogado​

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Professores da Uece decretam greve após assembleia

Professores da Uece decretam greve após assembleia | O POVO

Professores da UECE em assembleia deliberam: greve geral, interior e capital!




Nesta quarta, 17 de setembro, no Auditório Central do Campus da UECE, no Itaperi, 121 professores se reuniram em assembleia geral para discutir como reagir à negativa do Governo Cid Gomes em cumprir a pauta acordada com o movimento grevista em janeiro passado, e que permitiu o fim do movimento paredista.

Entre outras, a quebra de acordo mais importante foi a não realização de concurso público para repor as quase 300 vagas em carência na UECE, das quais se tinha acordado repor emergencialmente 163. Hoje, a UECE, com cerca de 800 docentes efetivos, tem por volta de 300 professores a menos do que no ano de 1998, mesmo período em que a instituição cresceu em número de alunos, cursos de graduação e de pós-graduação.

Em torno desta questão, os professores tiveram informações sobre as mobilizações lideradas pelo SINDUECE, debateram os rumos do movimento e a possibilidade e conveniência do retorno à greve, no sentido de terem todos os elementos para deliberar acerca dos encaminhamentos de continuidade das lutas pela UECE.

Na abertura da assembleia do SINDUECE, a Deputada Estadual Rachel Marques, presidenta da Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Ceará, assinou a Carta-Compromisso com as Universidades Estaduais do Ceará. A Carta já tinha a adesão de candidatos como Eliane Novais e Ailton Lopes – ao Governo do Ceará; Raquel Dias e Geovana Cartaxo – ao Senado e candidatos a deputados federais e estaduais como João Alfredo, Chico Lopes, Renato Roseno, Soraya Tupinambá e Artur Bruno, entre outros. A Carta-Compromisso continua aberta a novas adesões dos candidatos majoritários e proporcionais que compreendam e apoiem a luta pelo fortalecimento da UECE, URCA e UVA.

A assembleia também assistiu a vídeo com Cid Gomes, gravado durante seminários realizados em fevereiro 2014, que reuniu Governo e Universidades, no qual o governador declara: “não tenho nenhum problema em lançar Edital para concurso de professores da UECE até 30 de Julho”.
E outro vídeo exibido o candidato ao Governo Camilo Santana, declara em entrevista na TV O POVO, afirma: “Farei concurso para servidores efetivos nas Universidades Estaduais do Ceará”.

Depois de ouvir os informes vindos das reuniões setoriais realizadas nos Centros e Faculdades, da mobilização na Universidade Vale do Acaraú (UVA) e da greve já em curso na Universidade Regional do Cariri (URCA), os docentes realizaram um intenso debate sobre o que fazer diante da quebra da palavra do Governador e do impasse a que chegaram as tentativas de negociação.

Contra a intransigência do Governo, professores retomam a greve!

Depois de avaliar a situação a categoria reunida decidiu incorporar à pauta, além do cumprimento do acordo firmado em janeiro, incorporar a reivindicação de contratação dos professores já concursados mas não nomeados.
Em seguida, a Assembleia Geral decidiu retomar a greve suspensa em janeiro, por 71 votos a favor, 28 contra e 7 abstenções. A deflagração da greve será desenvolvida por dois dias de mobilização e sensibilização para que todos adiram à greve, começando por um arrastão imediato no campus do Itaperi.
Nova assembleia para avaliar o movimento e discutir sua continuidade será realizada na próxima segunda-feira, dia 22, 9h, mais uma vez no Auditório Central do Campus do Itaperi.

Outras decisões também definiram:
1 - Após o final da assembleia, ato na Av. Dedé Brasil para divulgar a greve.
2 - Grande ato na UECE, nesta quinta, dia 18, a partir da 8 horas, com música, diversão e mobilização.
3 - Cada faculdade do interior fará sua programação de mobilização.
4 - Segunda, 9 horas, nova assembleia dos professores no Auditório Central do Campus Itaperi da UECE
5 - Segunda , 17 horas, assembleia dos estudantes em local a ser definido. 

Fonte:SINDUECE

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

SINDUECE e ANDES apresentam as posições sobre a Greve na Assembleia



Segundo o vice-presidente do SINDUECE, professor Eudes Baima, ​” ​d​epois da fala do reitor, achamos até desnecessário apresentar uma argumentação contrária a do governo, porque nos parece que o puro informe do reitor já é o suficiente e já nos diz qual é a posição governamental.
Evidentemente, que a proposta de que trabalhemos 25 horas de sala de aula é uma provocação a qual nós não deveríamos responder. E na verdade não há proposta do governo, não há resposta. Esse conjunto de movimento que está sendo feito na União conosco, dos reitores ontem, o resultado é de soma zero. Pois o governo está ignorando a situação.
Em relação aos associados, os 17 companheiros associados que não obtiveram sucesso na sua promoção para este nível com retroativo pediram a sua promoção com base no que valia na época, que era o decreto governamental. Eles não inventaram nada. Não havia lei na época, o que existia era o decreto que estava vigente, eles entraram com base nesse decreto.
Como vocês sabem, a própria Constituição Federal Brasileira, que nós estamos tentando agora ultrapassar através do Plebiscito ( que diz que a Lei não pode inovar para prejudicar conquistas ou direitos anteriores).
A questão de Itapipoca, também, não é uma questão de discussão, de negociação, porque esses companheiros estão apresentando 11 milhões, era necessário o governo apresentar qual é o montante deles, mas o governo se cansou de dizer que 11 milhões não dá. Então é um situação de um diálogo que só tem daqui pra lá, mas não tem de lá pra cá.
Diante disso, a diretoria da SINDUECE, apesar de ter a injusta fama de trazer prazos feitos, propostas acabadas para a assembleia, está apresentando aqui a sua posição honesta e sincera para não esconder nada de ninguém. Nós não vemos outra possibilidade de abordar a situação, de enfrentar a situação se não retomando o movimento grevista. É uma opinião da Diretoria, mas a opinião que vale e que é soberana é a opinião da Assembleia Geral, nesse sentindo a proposta que a Diretoria está apresentando é de que esta proposta da Diretoria de retomada da greve e as outras propostas que eventualmente vão aparecer aqui nas intervenções que serão feitas ao longo da Assembleia sejam todas elas sistematizadas pela mesa e levadas ao debate em assembleias e reuniões por centro e por faculdade e que no final a gente posso marcar uma nova assembleia geral para o dia 16/09 e decidir qual decisão será adotada pela categoria.”

Professor Macário sintetiza propostas para o encaminhamento das mobilizações

​Para o vice-presidente do Sindicato Nacional ANDES, “a própria diretoria do SINDUECE fez uma prorrogação convocatória e que pergunta: retornamos a greve ou não? E ao chegarmos aqui, apresentou uma proposta mais mediada de mobilização nos proximo dias com a realização de assembleias para ir avaliando e para deliberar.
Segundo elemento foi que as propostas que vieram da plenária, são de preocupação em construir o processo de mobilização. Então, eu proponho por hora, que não seja posto em votação aquela pergunta que foi a provocação da assembleia, e proponho aqui, tentando fazer uma síntese:
1) Retirar daqui uma comissão ampla, um comando de mobilização dos três seguimentos: Estudantil, servidores e professores.
2) Que o sindicato elabore um boletim, para dois ou três dias, estarmos com ele em mãos, explicando e avaliando o processo de suspensão da greve e que não foi cumprida, entre outros pontos aqui citados.
3) Que essa comissão de mobilização desenvolva uma atividade em todos os campus do interior, que procure visitar os colegiados que tenham reunião nos próximos dias para dialogar com os professores.
4) Que marquemos uma assembleia para o dia 16/09 às 9 horas já com o resultado desse processo já apurado.​”​

Propostas feitas com os estudantes:
​Algumas propostas foram dialogadas previamente com as lideranças do DCE da UECE e Centros Acadêmicos, que foram:​
- Reativação da página do Facebook: Greve Já!
- Mobilização nos comitês dos candidatos​​
- Sarau no dia 4 ​ de setembro​
- A volta da Campanha: Efetivo Já!
As propostas foram votadas e aprovadas pela quase unanimidade, com apenas 1 abstenção. 

Fonte: SINDUECE


"Toda informação é por natureza fragmentária; é nossa tarefa as com-por, pô-las junto umas das outras, a fim de discernir seu sentido e sua relevância" (Renato Mezan)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014



Assembleia dos professores decide mobilizações em defesa da UECE


Professores das várias unidades da UECE se reúnem em assembleia para decidir ​mobilizações em defesa do cumprimento dos acordos estabelecidos​
No dia 2 de setembro, a professora Euda Maciel, presidente da SINDUECE, comandou uma importante reunião ​.O motivo central da assembleia foi o fato de o Governador Cid Gomes não cumprir com a palavra, quando havia entrado em acordo com as ​ lideranças sindicais ​ ​do SINDUECE, SINDURCA e SINDUVA, por ocasião das greves realizada no final de 2013.​
Eudes Baima, vice-presidente da SINDUECE, iniciou a reunião info​r​mando sobre um encontro, já acontecido, entre os servidores e o Governo ​ do Ceará​. Nele, o​ governador Cid gomes ​havia solicitado às universidades que fizessem um cálculos das cargas horárias dos docentes, para que se pudesse discutir a disponibilização de vagas para concurso.
No entanto, essa palavra, para os servidores, não atendeu às expectativas, pois ficou evidente para eles que o ​g​ overnador queria apenas um adiamento nas tomadas de decisões em relação aos problemas levantados pelos sindicatos.
Segundo Eudes Baima, em Itapipoca, nessa mesma época do primeiro encontro, houve acordos significativos, o que colaborou para que os servidores acreditassem na ampliação do campus universitário e em diversas atualizações cabíveis.
Assim, nesse primeiro momento de negociações, só houve divergência quanto ao montante de dinheiro necessário para a realização das obras na universidade ​.​ ​E​ntretanto, finalizada a greve, nada aconteceu de concreto na sede da UECE em Itapipoca ​, segundo informações repassadas pelos professores daquela unidade.​
Depois de tantas decepções e quebras de expectativas, os servidores voltaram a fazer contato, dessa vez com deputados, a fim de resolverem os entraves. Mais uma vez não atingiram o objetivo.
Logo, reúnem-se nessa assembleia para, principalmente, voltarem ao questionamento: as universidades devem retomar as greves?
Nesse momento, o ​ Vice-Reitor e​ professor Hildebrando ​informa que as obras da universidade ​em​ Tauá não estão paradas e que, provavelmente, serão entregues em novembro. Disse também que a obra do restaurante universitário em Limoeiro ​do Norte ​e outras estão em pleno exercício de reconstrução e ampliação, e que é necessário levar em consideração que um projeto do Governo, geralmente, é demorado por causa dos processos de licitação.
O reitor da UECE, ​professor ​Jackson Sampaio, manifestou-se citando algumas das benfeitorias disponibilizadas às universidades pelo Governo ​ do Estado​, benfeitorias estas que se referem diretamente ao salário dos servidores, às vagas para concurso e à regulamentação do PCCV docente.
Jackson Sampaio ainda expôs a opinião do Governador em pressionar as universidades a detalharem as necessidades em relação à carga horária e às exigências para determinados cargos. Para o reitor, o Governo deve implantar uma gratificação no salário de determinados cargos, como os de ​C​oordenador e ​V​ice.
Eudes Baima retoma, então, a palavra, reafirmando que não há respostas efetivas do Governos nem propostas que sejam aceitas pelos servidores. Assim, sem a tão esperada retificação do governador, o SINDUECE não reconhece outra opção a não ser a de retomar a greve, antes, porém, levando à discussão ​nas bases em reuniões em cada uma das unidades da UECE para que todos avaliem e se posicionem sobre ​as propostas, intervenções e sugestões elaboras na assembleia.
O professor Moacir, coordenador do curso de Medicina, questionou sobre o fato do concurso para professor efetivo não estar acontecendo, visto que o Ministério Público tem vetado a oportunidade aos servidores substitutos, prejudicando o andamento das aulas nas instituições estaduais.
Sara, representante do DCE, complementou o mesmo questionamento, citando a importância de um possível concurso para admitir professores efetivos.
​O professo ​Fred Moura retoma então o tema central da Assembleia, reafirmando que o Governador Cid Gomes não cumpriu com a palavra e que, por isso, não deveriam ter finalizado a greve.
Professor Epitácio Macário concorda que as mobilizações devem continuar, ​para​ pressionar o Governo, demonstrando a força dos servidores estaduais, ​estudantes​ e sindicatos.
Segundo ​o professor ​Macário,​ Vice-Presidente do Sindicato Nacional ANDES,​ o Ministério Público estava pressionando as universidades e seus servidores, quando deveria direcionar seu posicionamento à SEPLAG e ao Governo do Estado.
Raquel Dias, candidata ao Senado e professora do curso de Pedagogia ​ na UECE, e Ailton Lopes, candidato ao Governo​ e ex-aluno da UECE no curso de medicina universitária​, apoiam o ​SINDUECE​ na luta pelos direitos dos servidores, professores e estudantes das universidades estaduais do Ceará.​ Informa que irão colocar a defesa e valorização das universidades estaduais como tema nas campanhas eleitorais pela TV e rádios​.
Andreisson, professor substituto da UECE, retoma o mesmo assunto sobre a falta de concurso para professor efetivo, atacando o Governo veementemente, inclusive relembrando o episódio em que professores foram fisicamente agredidos em uma manifestação.
Estiveram presentes também Célio Coutinho, professor Alex da FAFIDAM e a professora Neuma, todos em favor da retomada da greve, já que o Governador Cid Gomes não cumpriu coma palavra nem se retratou. Dessa forma, fica estabelecido que ​serão programadas reuniões em todas as unidades para os professores de toda a UECE participarem e avaliarem as posições a serem adotadas e que no dia 16 de setembro, às 9 horas, no Campi Itaperi ​haverá uma nova Assembleia ​do SINDUECE..
Por: Cristina Torres – TEIA DIGITAL